PCP e Bloco de Esquerda reagem à iniciativa das empresas que tentam soluções para os períodos de paragem a que estão a ser forçadas.
Refere que há “inúmeros” relatos de trabalhadores “sujeitos à pressão de abdicar do direito a férias, coagidos a aceitar o banco de horas, a perda de retribuição, sem acesso aos meios de proteção individual, ou a ver terminado o seu contrato de trabalho”.
Esta declaração do PCP é acompanhada de alguns casos com o Partido a denunciar “prática abusiva” de algumas empresas do distrito que, a “coberto da excecional” situação que o país atravessa estão a colocar o ónus nos trabalhadores.
Um quadro que atravessa empresas de vários setores e que promove a redução de horário, licenças sem vencimento, gozo de férias, bancos de horas, a não renovação do contrato.
Entre s maiores empregadores em pausa ou redução de atividade estão empresas como a Renault Cacia, Bosh-Vulcano, Vista Alegre, Benetton, Giovanni Galli, Cortefiel, Tiffosi, Fnac, Auto-viação Feirense e Casino de Espinho entre outras.
“O PCP manifesta a sua fraterna solidariedade a todos os trabalhadores que continuam a desempenhar as suas tarefas, em particular àqueles que todos os dias asseguram os serviços essenciais e impreteríveis, e que estão, neste contexto, sujeitos a ainda maior pressão e condicionamento. A todos aqueles que são confrontados com ataques e arbitrariedades aos seus direitos, reafirmamos que podem contar com o PCP na denúncia e resistência às tentativas de retirada de direitos e acentuar da exploração”.
O BE alerta para a situação na Transdev e questiona o Ministério do Trabalho e a Câmara Municipal de Aveiro sobre a situação dos trabalhadores obrigados a gozar férias durante o período da pandemia.
“O Bloco considera inaceitável este abuso laboral e recusa que a crise seja paga pelos trabalhadores para que a multinacional proteja os seus lucros. É preciso proteger quem trabalha. A situação em Aveiro é mais grave dado a Aveirobus ser uma concessão da autarquia”.
Um dia depois da Câmara de Aveiro anunciar redução na frequência dos transportes, o BE questiona a opção.
“O grupo Transdev que tem a concessão da Aveirobus recebe uma renda paga pela autarquia para a exploração desses transportes coletivos. Trata-se de um serviço público sob concessão da autarquia. A Câmara Municipal de Aveiro deveria assegurar o respeito dos direitos laborais na empresa que executa o serviço público por si concessionado”.