O PCP de Ovar diz que as constantes iniciativas de PSD e PS sobre a integração dos serviços de saúde de Ovar na Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga é um "exercício subtil e requintado de manipulação da opinião pública".
A concelhia local atribui responsabilidades aos Governos PS e PSD, aos diferentes executivos camarários PPD-PSD e também às oposições PS, CDS-PP e Movimento 2030.
Em nota divulgada esta quarta-feira, já depois de conhecida a aceitação do Governo liderado por Luís Montenegro de alterar de Aveiro para a Feira a ULS de referência de Ovar, o PCP diz que nem uma nem outra são soluções.
Diz que as ULS são exercício falhado e defende a não integração do Hospital de Ovar e dos seus Centros de Saúde em ULS EPE, qualquer que seja a sua localização.
Opta por defender a “reposição da autonomia” do Hospital de Ovar e devida dotação financeira do Hospital de Ovar, para manter os seus serviços e valências.
E defende o “reforço da articulação entre o Hospital de Ovar, os Centros de Saúde e o Hospital da Feira” como forma de garantir fluxos de referenciação preferenciais com este Hospital.
Sobre a Transferência de Competências no setor da Saúde, avisa que os recurso financeiros são inferiores ao necessário e “traduz-se numa ainda maior desresponsabilização do Estado”.
O Partido Comunista associa a mudança de ULS e a descentralização como “moeda de troca” que vai custar caro aos vareiros.
“O PCP já tinha alertado, aliás, que a integração na ULS Aveiro não era mais que uma provocação e uma manobra de diversão destinada a ser usada como moeda de troca, pelo governo, para impor o modelo ULS e impor a competência da saúde ao município de Ovar. Algo apenas possível devido uma Câmara Municipal politicamente fraca e disposta a assumir responsabilidades para as quais não tem nem competências nem financiamento adequado”.