A Turismo Centro de Portugal anunciou, esta quinta, que acionou meios legais para recuperar o dinheiro investido na organização do Tuga Fest que não chegou a concretizar-se. Depois do primeiro adiamento em Agosto e a suspensão por falta de licença em Setembro, Pedro Machado admite que o festival projetado para São Jacinto é passado.
“O Tuga Fest é uma boa ideia destruída pela incapacidade do promotor de a conseguir realizar. Acionamos os meios legais para que lhe seja devolvido o valor do investimento realizado. Consideramo-nos defraudados e não havendo cumprimento das cláusulas contratuais queremos os 16250 euros de volta”.
Pedro Machado aproveitou a conferência sobre o crescimento do turismo para comentar os episódios em torno do festival e não escondeu que mantém confiança na oportunidade de lançamento de um festival musical de grande dimensão. “Não significa que a Turismo do Centro e a cidade não possam ter um grande evento associado à música”.
Em nome da autarquia, Ribau Esteves reagiu às acusações de que tem sido alvo por não dar a cara no “falhanço” Tuga Fest. Recordou que a Câmara de Aveiro não investiu dinheiro mas em apoio logístico e sem responsabilidade na organização.
“Não é um acidente que nos leva a mudar o caminho. O Tuga Fest promovido por uma empresa privada é um episódio tratado no seu espaço e no seu valor. Não pertence à nossa estratégia em termos de estruturação de futuro. Temos pena mas por mais que alguns queiram exagerar tem o valor que tem”.
O autarca desmente que o cancelamento tenha influência no turismo local ou na imagem do Município. “Feliz de nós todos se o único aspeto negativo fosse o Tuga Fest. Significaria que estávamos na maior e num estado de desenvolvimento notável. Temos muitos aspetos negativos e precisamos de mobilizar investidores e criar infraestruturas. Não estamos aqui a surfar a onda. Estamos a ajudar o mar a fazer onda”, disse o autarca numa referência ao incremento do turismo.