O Movimento de Utentes em Saúde que, ontem, esteve na rua, à porta do Hospital de Aveiro a pedir reforços de meios humanos e materiais, sublinha que há escolhas a fazer no futuro da saúde assumindo oposição à descentralização de competências.
A mensagem foi integralmente em defesa do Serviço Nacional de Saúde e ouviram-se críticas à forma como os privados se posicionaram durante a pandemia.
Foi também uma declaração contra a descentralização de competências na área da saúde numa mensagem com forte marca ideológica.
“Menos ainda se percebe a substituição do SNS por trezentos e oito Serviços Municipais de Saúde, como sucederá por certo se o projeto governamental de transferência de competências avançar, possibilitando a cada município adotar o seu modelo de funcionamento, consoante a sua capacidade e disponibilidade financeira, o que levaria à descaracterização do SNS, senão mesmo à sua extinção. Temos vindo a assistir, ao desinvestimento em infraestruturas, deixando o campo aberto para o sector privado continuar a crescer à custa do erário e da carência de oferta pública. É incompreensível que faltem equipamentos para fazer exames e tratamentos no SNS quando ao mesmo tempo se gastam milhões de euros a comprar esses serviços a empresas privadas”.