O Movimento cívico 'Juntos pelo Rossio' contesta a posição pública da Câmara, assumida por Ribau Esteves, ontem.
Dizem que as declarações de Ribau Esteves foram uma surpresa porque o Movimento 'Juntos pelo Rossio' "é um movimento cívico composto por cidadãos aveirenses na sua generalidade, de todos os quadrantes da sociedade civil, que têm simplesmente um interesse comum (...) por um lado, o de travar um projeto cuja 'ideia base' consideram vir a condicionar de forma irreversível o mais emblemático espaço verde da cidade de Aveiro e, por outro, contribuir para promover uma discussão pública aberta a todos os cidadãos, independentemente da sua afiliação partidária, sobre diferentes possibilidades de intervenção para uma efetiva melhoria deste lugar tão especial para toda a comunidade".
Assumem "completa independência (...) prova disso mesmo foi o convite dirigido às diversas forças políticas com representação na Assembleia Municipal, para participarem no piquenique promovido pelo 'Juntos pelo Rossio' no passado dia 24 de Junho, no qual muitos se fizeram representar, ainda que a título particular, tendo este evento reunido ainda os mais diversos atores da comunidade local, de outros movimentos cívicos, da comunidade académica e técnicos em geral", referem.
"É esta mesma pluralidade de atores que marcou presença massiva nas duas últimas Assembleias Municipais, numa afluência nunca antes vista nestes fóruns municipais da nossa cidade, muitos dos quais expressando ainda a sua posição nas redes sociais", continuando, afirmam que "perante estes factos, que são do conhecimento público, com vozes dissonantes de todos os quadrantes políticos, incluindo da concelhia aveirense do PSD, e ainda amplamente manifestada por parte de diversos atores dos setores público, privado e da sociedade civil, em diversos artigos de opinião publicados nos vários meios de comunicação, como o Diário de Aveiro, Notícias de Aveiro, Rádio Terra Nova, entre outros, quais os argumentos da edilidade para acusar agora de 'partidarização' e 'instrumentalização' um movimento cívico que mais não está do que a tentar representar de forma organizada um conjunto significativo de cidadãos que, de outra forma, não tem como fazer ouvir a sua voz, a não ser em conversas de café ou redes sociais?". "Com o objetivo de dar uma maior visibilidade à nossa causa, procurámos perceber qual seria o espaço mais adequado para esse fim, considerando os vários outdoors existentes na proximidade do Rossio. Facilmente concluímos que aquele que reunia as melhores condições, em termos de visibilidade e proximidade com o Rossio, era um outdoor que, depois de várias auscultações, concluímos ser, afinal, habitualmente alugado ao Partido Socialista, embora de propriedade privada".
"Pela natural falta de recursos financeiros de um movimento cívico recém-criado, contactámos o PS Lisboa para explorar a possibilidade de uma eventual cedência do espaço, colocando desde logo como condição essencial a ausência de qualquer menção ao partido para evitar um eventual aproveitamento político de alguma das partes, como o que estamos agora a presenciar. Infelizmente, não o conseguimos", concluem, sublinhando que "tendo esta condição de base sido aceite, considerámos não haver qualquer problema em aceitar a cedência do referido espaço, já que seria da inteira responsabilidade do Movimento 'Juntos pelo Rossio', quer o conteúdo da mensagem, quer o custo associado à execução do cartaz. Foi o que fizemos". "A conceção, design, impressão, aplicação e pagamento do cartaz foram da inteira responsabilidade do Movimento 'Juntos pelo Rossio'.