O Movimento de Amigos da Ria de Aveiro desafia a Polis Litoral a revelar, publicamente, o parecer da Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental que autoriza a deposição de sedimentos na baía Norte da Ilha do Monte Farinha.
É a reação à resposta da Polis às críticas sobre a deposição de dragados recolhidos no Canal da Murtosa, junto à Torreira.
O Movimento diz ter apurado, informalmente, junto de alguns técnicos da Agência Portuguesa do Ambiente, que tem a tutela da Polis e da AIA, que não existe qualquer autorização, ou sequer um parecer, da Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental específica que habilite o empreiteiro a depositar dragados na baía da Ilha do Monte Farinha, em pleno leito da Ria de Aveiro.
A Polis refere a autorização e o impacto ambiental da obra no conjunto da empreitada de desassoreamento.
Das informações apuradas, o Maria diz que “autorizar ou sancionar este procedimento” significa tão-somente “transferir um problema de um local para um outro, quatro milhas mais a Sul”.
O Movimento de Amigos da Ria fica à espera da resposta pelas vias oficiais dos organismos citados na resposta da Polis (Porto de Aveiro e Agência Portuguesa do Ambiente).
Quanto aos argumentos apresentados, o movimento Maria admite que a deposição de dragados possa estar relacionada com custos da operação, com os atrasos e com a etapa de Verão que limita a deposição de sedimentos em período de época balnear.
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“Evidentemente que neste contexto, comentaram os especialistas contactados pelo MARIA, qualquer acréscimo de custos ou qualquer detalhe da operação que a prolongue no tempo tem grandes implicações no resultado esperado pelo empreiteiro”.