O coordenador da Plataforma Cidades, Pompílio Souto defende que a captação de mão de obra é um desafio que decorre das mudanças demográficas de um país que há mnuito deveria estar atento ao problema.
Recorda que a PLATAFORMAcidades preocupou-se há mais de 10 anos com o assunto e chamou a demógrafa Maria João Valente Rosa, ao tempo Diretora da PORDATA e hoje Plataformista, para analisar o tema.
Na altura deixou uma mensagem que terá passado ao lado de muitos decisores.
"A manter-se o essencial da situação em que estamos, daqui a não muito mais de 10 anos, Portugal corre o risco de não ter a mão-de-obra necessária para assegurar algumas funções básicas da sua vida coletiva".
Mais recentemente, há três anos, outra Plataformista, Maria Luis Pinto (Prof.ª na UA), considerava"comprometedor do bom funcionamento das empresas e da sociedade, na região, quer a falta de mão-de-obra qualificada e outra, quer a dificuldade em as atrair e reter".
Desse Encontro resultou a Agenda Cidadã 2030, que identifica modos de começar a resolver tais problemas, e que tem orientado muito do que a Plataforma tem vindo a fazer desde então.
Por essa altura também Rui Lopes, Presidente da Inova-Ria e Plataformista, sublinhava o mesmo, acrescentando ter-se já iniciado, na região, a "disputa" por tais recursos, e identificando (algumas d)as condições que municípios e empresas teriam de disponibilizar para serem bem sucedidas nessa "guerra".
O Presidente da CMA e da CIRA manifestava-se otimista face ao "relevante crescimento populacional verificado" e ao enorme e transversal "investimento privado previsto". Helena Nazaré (Ex-Reitora da UA) era outra das vozes que clamava pela "identificação do essencial necessário para reter talento e mão-de-obra”.
Em artigo de opinião, Pompílio Souto diz que os fatores decisivos são a “Qualidade e Disponibilidade Habitacional; Qualidade de Espaço Público, de Mobilidade, de Oferta Cultural e de Serviços; Segurança e possibilidade de um Estilo de Vida Aprazível e, nalguns casos, algo Sofisticado”.
Artigo de opinião de Pompílio Souto que manifesta surpresa pela forma como o tema é debatido em campanha com ataques aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção colocados como "bodes expiatórios".
“Infelizmente ainda somos um país pobre, onde o RSI só chega a 37% dos cidadãos que estão em pobreza extrema, e dos quais um terço ainda não está em idade de trabalhar. Infelizmente alguns dos que deviam ajudar a resolver este problema teimam em distrair-nos berrando o que sabem ser aquilo que alguns gostam de ouvir”.
Neste artigo de opinião afirma-se defensor de um rendimento mínimo básico.
“O que mostram as boas práticas é que cidadãos sem fome e com casa educam-se, capacitam-se e crescem na autoestima, passando a ativos construtores de melhores comunidades”.