Aumenta a pressão sobre a Câmara de Ílhavo para a tomada de decisões no caso do canil ilegal instalado em plena avenida José Estêvão, no centro urbano da Gafanha da Nazaré.
Meio ano depois das queixas feitas, em público, e com entidades como a Câmara de Ílhavo e o ICNF a assumirem o caráter ilegal, mantém-se o impasse agora com a informação que uma delegação da autarquia tentou visitar o espaço em Abril e não foi autorizada a entrar no local gerido pela Associação Patudos de Vagos.
Moradores questionam a forma como está a ser gerido o dossiê e o tema voltou à Assembleia Municipal.
A deputada social democrata Margarida Alves acusa a autarquia de inação e de não estar a ser capaz de lidar com este problema.
Entende que o respeito pela causa animal e o respeito pelos cidadãos deveria merecer uma abordagem mais eficaz e capacidade de resposta em tempo útil.
Entende que os argumentos apresentados em torno das barreiras para entrar no espaço não servem de desculpa (com áudio)
A autarquia revelou, esta sexta, que o acesso ao local foi vedado no âmbito de uma inspeção que reuniu diversas entidades.
O vice presidente da autarquia lembra que há regras a cumprir e que não pode passar por cima da lei.
João Semedo lamentou as críticas deixando claro que existiu, ao longo do mandato, apoio às políticas de saúde animal e investimentos de qualificação no Centro de Recolha Oficial de Animais e reforço de meios humanos.
Desmentiu que a autarquia esteja a dar suporte financeiro ao canil ilegal e confessou que depois dessa recusa da entidade que gere o espaço de abrir as portas à inspeção, estão em curso procedimentos para tentar perceber em que condições funciona o espaço, numa antiga vivenda, transformada em canil e gatil.
Quanto aos moradores que esperam a reposição da legalidade, o autarca assume que ainda não tem respostas (com áudio)