Com organização da Câmara Municipal de Aveiro, o Festival dos Canais, em Aveiro, realiza-se nos próximos dias 14 a 17 e 22 a 24 de julho.
Entre as diversas áreas que o evento recebe, o circo contemporâneo e o teatro de rua são apostas fundamentais.
Um dos espetáculos de maior dimensão será Mù – Cinemática de Fluidos, no dia 23, uma criação da Cie. Transe Express que se inspira no imaginário de Júlio Verne para levar os espetadores numa viagem grandiosa.
Já Symfeuny, da companhia basca Deabru Beltzak, é uma celebração do fogo através da música que irá percorrer vários espaços da cidade, convidando o público a seguir os artistas.
Também do país basco vem Chef Nature, da companhia Makeliñe, um espetáculo que recria uma cozinha bem-humorada onde as tropelias se sucedem.
Outro contributo do país basco vem de Al Otro Lado, uma proposta que vai deambular pela rua e fazer do quotidiano um espetáculo, com os transeuntes a tornar-se protagonistas inesperados.
Os mais novos não foram esquecidos, podendo contar com o espetáculo PaPI Opus 9, da Companhia de Música Teatral, uma viagem pelo mundo da água.
No circo contemporâneo, conte-se com Mutabilia, da companhia Teatro do Mar, um espetáculo inspirado na ideia de casa e assente num cenário mutante.
Já POI traz um dos maiores piões do mundo, criado pela própria Companhia D’es Tro, um objeto de 45 Kg que se atira usando uma corda de 15 metros.
A aposta passa, ainda, por exposição e diversas instalações, todas de visita gratuita.
Os visitantes desta edição do Festival poderão ver a exposição MagiC Carpets Landed, uma mostra que contou com a participação de 15 países europeus e fez este ano parte da abertura de Kaunas 2022 – Capital Europeia da Cultura.
Comissariada por Benedetta Carpi De Resmini, a exposição estende-se pela Antiga Capitania do Porto de Aveiro, o Museu de Aveiro / Santa Joana, a VIC – Aveiro Arts House e o Teatro Aveirense, com uma seleção de obras de artistas femininas, contando ainda com diversas performances a envolver a participação da comunidade aveirense.
Jelena Škulienė, Yaryna Shumska, María Verónica Troncoso Guzmán, Melissa Rodrigues, Gemma Riggs, Merri Mkrtichian, Marta Elīna Martinsone, Grossi Maglioni, Las Mitocondria, Francisca Rocha Gonçalves, Ana Dana Beroš e Paulina Almeida são as artistas a ter em conta.
Outro projeto em destaque é Platô, um circuito de instalações sonoras que resulta de uma parceria entre o Teatro Aveirense, a Ao Cabo Teatro, o GrETUA e o Museu da Cidade do Porto.
Envolve criações de Lígia Soares, Miguel Bonneville, Marcos Foz com Luís Araújo e Raquel S. com Hugo Branco, que poderão ser fruídas na Rua da Pega, na Ponte Pedonal sobre a A25 no Canal de São, no Parque da Cidade/ Infante D. Pedro e na teia do Teatro Aveirense, respetivamente.
Marcante promete ser a instalação Rising, da dupla francesa Mouawad Laurier, uma obra de luz e som que tem a subida do nível dos oceanos como tema, ativada através de dados de leitura reais.
Obra vencedora da bolsa Pierre Schaeffer.
Também a arte mural fará parte do evento, envolvendo o coletivo Obras Akrobad, da República Checa, que estará no Festival dos Canais a criar in loco uma intervenção no Túnel da Ponte da Dubadoura. Uma obra a convocar o universo visual do coletivo, numa mistura de graffiti, ilustração, banda-desenhada e pintura clássica.