Um estudo da Universidade de Aveiro relaciona desenvolvimento sustentável dos municípios e fundos europeus.
A investigação partiu de 55 indicadores para avaliar a variação do desenvolvimento sustentável dos territórios em Portugal, entre 2014 e 2020, na sequência do investimento apoiado por fundos europeus.
A partir destes indicadores foi construído um Índice de Desenvolvimento Sustentável Dinâmico confrontado com cofinanciamento municipal per capita, proveniente dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI).
Na região de Aveiro destacam-se os municípios da Murtosa, Anadia e Ovar com elevado desempenho do desenvolvimento dos seus territórios, embora com reduzido financiamento FEEI.
Ílhavo está entre as autarquias em posição intermédia.
No lado oposto, o município de Aveiro foi o que mais se cofinanciou, mas alcançou o menor desempenho do desenvolvimento sustentável na região a par de Estarreja.
Este e estudo intitula-se “Impacto e Eficiência dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) no Desenvolvimento Sustentável das Regiões em Portugal” e foi financiado pelo FEDER, no âmbito do POAT 2020.
“De forma genérica, a análise estatística não encontra um alinhamento significativo entre o cofinanciamento FEEI per capita e a variação do desenvolvimento sustentável”, explica o coordenador do estudo, Sérgio Barreto, professor do Instituto Superior de Contabilidade e Administração da UA.
“Uma análise mais aprofundada desenvolvida neste projeto permitiu identificar o posicionamento de cada município/região, realçar as melhores práticas e apontar o caminho para as alcançar”, questões ainda mais relevantes, dado que se inicia um novo período de investimentos apoiados por fundos europeus.
Entre 2007 e 2020 a União Europeia comparticipou projetos em Portugal no valor de 33 mil milhões de euros, verbas consideráveis sabendo que o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 foi de cerca de 200 mil milhões.
O PS de Estarreja foi o primeiro partido a reagir.
Diz que há muito afirma a falha de estratégia seguida pelas maiorias da coligação PSD/PP.