O turismo continua a crescer mas a exigir "mais cuidados" de quem tem poder fiscalizador. É desta forma que os operadores turísticos em Aveiro olham para o segmento de atividade.
Os últimos três anos foram de crescimento exponencial e a tendência deverá manter-se por mais algum tempo mas quem está no terreno avisa os poderes públicos que "é urgente um plano diretor" sob pena da atividade se tornar uma verdadeira "selva de interesses".
Afonso Miranda, da Aveitour, refere que existem regulamentos mas faltam meios de fiscalização e que é dessa ação que pode surgir a disciplina no setor que tem impacto crescente na vida da cidade, na mobilidade e na área residencial.
E não acredita que o "elástico" continue a esticar "como se de uma galinha dos ovos de ouro se tratasse". Admite mesmo que vai chegar o momento para alguma quebra. (com áudio)
O alargamento das áreas dedicadas ao turismo com apostas na Avenida, no Mercado, na antiga Lota e no Canal do Paraíso é uma das sugestões do operador que fala na necessidade de “esticar” a cidade para lá dos canais urbanos.
Entrevistado no programa 'Conversas' admitiu que "é importante disciplinar os acessos ao centro, nomeadamente junto ao Canal Central, compatibilizar as vivências dos turistas com bairros tradicionais" como o Alboi e o da Beira-Mar e renovar o Rossio mas "sem estacionamento subterrâneo".
Defende que a área da antiga Lota poderá representar papel de relevo nesse capítulo do estacionamento.
Admitindo legitimidade para essa decisão sobre o estacionamento subterrâneo, por parte da autarquia, Afonso Miranda afirma que há receio de ver destruir em dois ou três anos o esforço de captação de turistas levado a cabo na última década. (com áudio)
Outro dos temas em foco é a mudança obrigatória para os sistemas de propulsão de moliceiros com recurso a motores eléctricos. Afonso Miranda diz que ainda não tem informação oficial da autarquia para perceber como se vai operar essa adaptação (com áudio)
A entrevista pode ser ouvida na Terra Nova às 19h00 de hoje.