Aquele que é o primeiro hospital de campanha do país, totalmente equipado para receber doentes infetados pelo Covid-19, entra em funcionamento esta segunda-feira.
A nova resposta no combate à pandemia, montada na Arena Dolce Vita, é “uma extensão” do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar), estando pronta a acolher casos de infeção pelo novo coronavírus que não exijam cuidados intensivos.
“Criar esta estrutura num espaço como este foi um exercício muito exigente e desafiante”, diz o presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira, salientando que o novo espaço “dará o máximo de conforto aos doentes e, ao mesmo tempo, todas as condições de segurança e de trabalho para os profissionais que todos os dias vão prestar aqui a sua atividade”.
O HFZ-Ovar é responsável pela gestão clínica e operacional desta unidade que contará com equipa médica e de enfermagem, bem como de assistentes operacionais, administrativos, técnico de RX, psicólogos, entre outros profissionais.
O hospital de campanha (designado por “Anjo d’Ovar”) - benzido na passada quarta-feira pelo bispo do Porto, D. Manuel Linda - disponibiliza neste momento 38 camas, tendo capacidade de crescer para 64, caso seja necessário.
“O módulo não difere em nada de uma enfermaria do nosso hospital. Um espaço digno e bem apetrechado que vem reforçar a capacidade de resposta no combate ao surto”, frisa Luís Miguel Ferreira, adiantando que “o HFZ-Ovar dispõe já de 21 camas distribuídas por duas enfermarias dedicadas exclusivamente à Covid-19, também para doentes que não exijam cuidados intensivos”.
A montagem do “Anjo d’Ovar”, liderada pela Câmara Municipal de Ovar, envolveu diversas instituições locais, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) – que atuou na fase inicial do processo – a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Baixo Vouga.
“Trabalharam afincadamente para a concretização desta iniciativa imensas pessoas e instituições, inúmeros profissionais, movidos por um objetivo: tratar doentes e salvar vidas”, acrescenta Luís Miguel Ferreira.