O Centro Escolar de Fonte de Angeão foi o vencedor na categoria “Absoluta” da 6.ª edição do Prémio de Arquitetura promovido pela Cerâmica do Vale da Gândara. Segundo o autor da obra, o arquiteto Miguel Marcelino, “o local de implantação da escola proporciona uma relação próxima com a natureza” pelo facto de se encontrar num meio rural rodeado por árvores. A proposta apresentada “explora a relação interior com as vistas exteriores através de dois sistemas que vão ditar a organização espacial da escola: nas salas de aula procura-se a concentração dos alunos – deste modo as largas janelas são abertas para reentrâncias, como pátios “privados”, garantindo controlada luz solar e escape visual para o exterior sem daí advir distração das crianças. Nos espaços comuns procura-se o oposto, vistas diretas para o exterior, largos campos perspécticos em todas as direções bem como abundante iluminação natural em todos os amplos corredores da escolar”, refere. O arquiteto escolheu a utilização do tijolo de face à vista por se pretender “um aspeto mais elementar, em que a própria construção e equipamentos seriam ao mesmo tempo o seu acabamento” e por manter a “tradição de construção em alvenaria” presente na região. Relativamente à escolha da cor, Miguel Marcelino escolheu a cor Cinza Douro por manter “a continuidade cromática com o interior em betão”. Este prémio foi lançado, pela primeira vez, em 2002 pela Cerâmica do Vale da Gândara, SA (CVG) e tem uma periodicidade bienal. Destina-se a premiar as obras construídas em tijolo face à vista cerâmico ou com uma preponderante aplicação de tijolo de pavimento, enquanto elemento de revestimento, que se evidenciem pela sua qualidade arquitetónica e coerência construtiva.
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Sociedade
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