A Europa é um dos grandes consumidores de semicondutores mas está longe de ser um produtor autónomo e Portugal quer ganhar tereno nesta área.
NUm debate em Aveiro ouviram-se oradores falar da dependência e dos riscos que os países da UE querem minimizar com uma agenda Agenda Microeletrónica que permita duplicar a capacidade produtiva de semicondutores.
Soberania, segurança e geopolítica foram apontados como fatores a ter em conta no futuro das economias mundiais.
Aveiro debateu o tema na conferência sobre a presença de Portugal na microeletrónica.
Ribau Esteves entende que os exemplos da crise energética mostram que a UE deve ganhar autonomia e privilegiar parceiros históricos (com áudio)
A Agenda Microeletrónica é uma iniciativa pioneira em Portugal que visa desbloquear o potencial da indústria de semicondutores e contribuir para o valor acrescentado na sociedade europeia.
É constituída por 17 entidades e liderada pela pela ATEP (Amkor Technology Portugal).
Trata-se de um fornecedor de serviços de desenvolvimento e fabrico e teste de circuitos integrados para o mercado global que funciona em Vila do Conde.
António Barny, um dos gestores da unidade, afirma que esta é uma áreal essencial no futuro da europa (com áudio)
Com uma taxa de execução na ordem dos 40%, a Agenda da Microeletrónica tem estudado o mercado para perceber quais as necessidades e capacidades instaladas.
Pedro Almeida, Diretor do Parque da Ciência e Inovação e membro do Comité Estratégico do Consórcio, admite que este é o tempo da Europa dar o salto que falta para suportar a força do setor económico.
“A agenda propõe-se colocar no mercado 25 novos produtos, processos e serviços, num investimento total de 68 milhões de euros. As principais áreas de investimento são centradas no Semiconductor Advanced Packaging”, industrialização de produtos baseados em circuitos óticos integrados, novas redes de acesso de alto débito e tecnologias híbridas de produção, que servem indústrias tão importantes como automóvel, segurança, comunicações e energia.”
A Agenda Microeletrónica pretende reforçar as capacidades internas de I&D e Inovação das empresas do setor para que os produtos, tecnologias e processos desenvolvidos apresentem um potencial inovador de larga escala e, por último, promover, de forma transversal para todo o setor, atividades de transferência de tecnologia, cooperação internacional, atração de investimento e desenvolver atividades de formação e capacitação de recursos humanos.