O Tribunal de Aveiro condenou a antiga educadora de infância suspeita de ter agredido várias crianças no centro social de Esgueira a pena suspensa de um ano e quatro meses de prisão.
Este é um processo que se refere a factos ocorridos entre 2019 e 2020.
A arguida, de 64 anos, estava acusada de nove crimes de maus tratos mas acabou por ser condenada por dois crimes de ofensa à integridade física qualificada.
A juíza presidente disse que o tribunal deu como provado que se verificou ofensa à integridade física das crianças mas não deu como provada a prática dos crimes de maus tratos.
Em cúmulo jurídico, a antiga educadora viu ser aplicada uma pena única de um ano e quatro meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.
A favor da arguida pesou a ausência de antecedentes criminais e o facto de ter trabalhado 26 anos no Centro Social de Esgueira sem registo de situações idênticas.
As denunciantes e assistentes no processo confessam que esperavam mais e ainda não decidiram se recorrem da decisão.
Dizem que quatro anos depois da denúncia se confirma que as crianças têm voz (com áudio)
Apesar de considerarem a condenação “positiva” admitiram que esperavam mão mais pesada e a responsabilização criminal da então direção do Centro Social de Esgueira (com áudio).
O processo de 4 anos chega ao fim sem que se saiba se alguma das partes vai recorrer.
O Centro Social de Esgueira não comentou o caso e as denunciantes lembram que fica uma lição ao país sobre a importância de olhar para os detalhes sempre que os filhos forem entregues ao cuidado de instituições.
A versão integral da declaração à porta do Tribunal em áudio.