Fazer política é uma arte nobre, já que esta é a arte que nos permitiu evoluir enquanto sociedade ao longo dos séculos.
A origem da palavra política remonta ao termo grego politikós, sendo estes indivíduos que viviam na pólis (cidade) e que se preocupavam com a organização da cidade e a definição de um conjunto de regras.
Para além do mais, é a política que possibilita (ou deveria possibilitar) uma plataforma de diálogo e de discussão entre diferentes perspetivas e ideologias.
É, por isso, fundamental que exista espaço para a divergência, garantido sempre o melhor interesse coletivo e pelo bem-estar dos cidadãos.
O cartaz afixado pela Juventude Social Democrata (JSD) e pela Juventude Popular (JP), desmerece a política e contribui para a degradação do debate político.
Se por um lado, as juventudes partidárias já são conotadas como escolas de carreira e de atribuição gratuita de um utensílio de cozinha, esta forma infantil de fazer política só ridiculariza e menospreza estas organizações.
A Juventude Socialista de Aveiro sempre se pautou por um debate político assente em ideias e num diálogo construtivo para o município de Aveiro, concentrada no interesse dos aveirenses.
Foi assim quando há quatro anos, enquanto os jovens da Aliança com Aveiro defendiam aulas de skates gratuitas, a JS já se debatia pela implementação de uma sala de consumo assistido, visando a defesa dos munícipes e o progresso social.
Apresentámos, em 2021, um manifesto autárquico ambicioso e progressista para a nossa cidade. Voltámos a fazê-lo em 2025, melhorando e aprofundando as diferentes ideias que queremos ver implementadas no município de Aveiro.
Durante anos, a voz da JSD permaneceu em silêncio enquanto vinha para a praça pública assuntos importantíssimos para os aveirenses, em particular para os jovens.
Por exemplo, nunca se ouviu uma única declaração a contestar o incumprimento da lei, por parte do executivo, no que diz respeito ao Conselho Municipal de Juventude. Também não se pronunciaram sobre a deterioração da relação entre a presidência da Câmara e a AAUAv, ou, mais recentemente, com a própria Universidade de Aveiro.
Em vez do debate de ideias em prol de Aveiro, a JSD e a JP preferem o lamaçal político e o caminho da demagogia.
Lamentamos, mas nunca contarão connosco para este tipo de confronto político quando as regras estão subjugadas aos interesses e ambições pessoais ou coletivos, com intenções opacas.
Enquanto juventude partidária, acreditamos que o nosso papel é contribuir para o melhoramento da sociedade, em particular, da nossa cidade. Atuamos - e continuaremos a atuar - sem amarras e sem exercícios de paternalismos bafientos falhados, de quem tem medo do progresso e da renovação natural que há muito é necessária e devida.
Aveiro, 16 de setembro de 2025
O Presidente da Juventude Socialista de Aveiro,
João Sarmento