O presidente da Distrital do PSD acusa PS e primeiro ministro de terem “rasgado” aquilo a que chamou “contrato social” entre o estado e os portugueses e teme pelo futuro do país se for empurrado para nova geringonça.
Emídio Sousa falou no congresso extraordinário do partido em que alertou para o perigo do futuro líder do PS vir a retomar a geringonça, desta vez “por convicção”.
Em discurso no congresso do PSD, o presidente da distrital do PSD lembra que a geringonça de Costa foi construída por conveniência mas uma eventual geringonça de Pedro Nuno Santos será por ideologia.
“Se António Costa saltou o muro vermelho porque lhe era conveniente, agora temos um futuro líder do PS que salta o muro por convicção”, classificando essa possibilidade como “um terror” e antevendo que “se isto acontecer, só nos resta um caminho, emigrar, porque isto existe na Venezuela, em Cuba e em quase toda a América Latina”.
Emídio Sousa traça um quadro negro da situação no país colocando saúde e educação como espelho do trabalho da governação.
“A saúde está um caos, porque estatizaram a saúde, a educação está um caos, porque estatizaram a educação”.
A definição de contrato social vinha da memória a que apelou para recordar que em 1987, aquando da primeira maioria de Cavaco Silva, tínhamos “um Portugal que acreditava que seria capaz, um Portugal que acreditava no futuro”, até que veio 1995, com António Guterres, há 28 anos.
“Guterres saiu em 2001, com o país no pântano. Saiu do pântano, mas deixou lá as sementes, que germinaram, até à bancarrota, e sob liderança da troika”.
“Em 2015, foi rasgado o contrato social que temos com o estado”, vincou Emídio Sousa na sua intervenção, explicando que “a existência de um estado é um contrato social, através do qual pagamos impostos para que alguém nos governe e nos forneça serviços de educação, de saúde, de infraestruturas, de habitação, de segurança…”.
O presidente da distrital do PSD culpa o PM pelo fim do contrato.
“António Costa rasgou este contrato. Destruiu o estado social. E agora há uma nova narrativa para este empobrecimento do PS – a culpa é do Ministério Público e do parágrafo, a culpa é do Presidente da República, que aceitou a demissão de António Costa. Não é. São 13 ministros e secretários de estado que foram à vida”.