A deputada do PSD Carla Madureira reclamou a abertura da urgência básica no Município de Castelo de Paiva, cujos cidadãos estão obrigados a deslocar-se por estradas sinuosas às unidades de saúde do Tâmega e Sousa, em Penafiel, ou de Entre Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira. Numa audição regimental à ministra da Saúde, a parlamentar social democrata recordou as caraterísticas do território para justificar a reivindicação.
“As características deste território, os constrangimentos que advêm da sua interioridade, justificam plenamente uma resposta de proximidade: um serviço de urgência básica a funcionar 24 horas” - referiu Carla Madureira perante a ministra da Saúde.
Para a deputada aveirense, “não dispondo de qualquer resposta em cuidados de saúde depois das 20h00, não resta outra alternativa a esta população do que serpentear estradas sinuosas que recortam a floresta para se dirigirem aos centros hospitalares de Tâmega e Sousa, em Penafiel, ou de Entre Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira”.
Em 2010, um governo do Partido Socialista encerrou o serviço de atendimento permanente de Castelo de Paiva, um município com mais de 109 quilómetros quadrados e mais de 17 mil habitantes. Na sua intervenção na audição regimental, Carla Madureira quis saber se está nos planos do Ministério de Saúde criar uma urgência básica no seu Município e para quando.
“O Serviço Nacional de Saúde não pode deixar estas populações sem um serviço de atendimento permanente para situações urgentes” – vincou, na ocasião, Carla Madureira, dizendo ser “incompreensível que num cenário destes ainda prevaleçam critérios de natureza ideológica e se resista a protocolar com o setor social e privado, que têm capacidade instalada, para minimizar as dificuldades do SNS em responder às necessidades dos portugueses”.
Carla Madureira recordou que a mobilização de recursos para o combate à pandemia ao longo destes últimos meses está a comprometer seriamente o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, na prevenção, acompanhamento e tratamento de patologias não Covid.
“Essas dificuldades no acesso aos centros de saúde começam pelas dificuldades em estabelecer contato telefónico para agendar uma consulta, solicitar a prescrição de medicamentos ou de exames. Vamos pagar cara esta fatura mais à frente” – concluiu Carla Madureira.