O Partido Socialista de Aveiro lembra a Ribau Esteves o adágio popular “quem semeia ventos colhe tempestades” para dizer que a Carta Aberta a queixar-se de um inusitado número de processos judiciais mais não é do que a consequência da relação estabelecida com os diferentes agentes que se relacionam com a autarquia.
Manuel Sousa (na foto), reeleito para novo mandato na concelhia socialista, entende que o Presidente da Câmara percebe “estar por um fio” e que nem “propaganda, festas e alcatrão” são suficientes para mascarar a realidade.
O PS diz que a tensão acumulada é fruto de um estilo de governação que não está a saber lidar com a pressão da sociedade civil.
“Lemos uma tentativa de vitimização, de se fazer de coitadinho, mas todos sabem que as vítimas são os aveirenses que não são ouvidos nem achados, desde os que esperam por respostas simples a questões do seu dia-a-dia até aos que querem ter voz no processo democrático”.
Na linha de outras críticas feitas no passado, o PS entende que o desgaste começa a instalar-se de forma acentuada.
“Vemos atitudes próprias de um regime autoritário, onde predomina a coação dos cidadãos sobre o uso dos seus deveres cívicos próprios de um Estado de Direito; Vemos ignorância sobre a teoria da separação dos poderes de Montesquieu, na qual se baseia a maioria dos Estados ocidentais modernos, que afirma a distinção dos três poderes (executivo, legislativo e judiciário) e suas limitações mútuas; Vemos que há documentos que não acompanham, como obriga a lei, os processos sobre os quais deve cair deliberação, nomeadamente em sede de órgãos autárquicos; Vemos faltar à verdade em casos tão relevantes como o do caderno de encargos com o projeto do Rossio, que vai desde os custos da obra até à entrega de mão beijada da exploração do estacionamento do Mercado Manuel Firmino; Vemos (sobre apoio às associações) o pedido de que, para melhor fundamentar a deliberação, os relatórios de apreciação das candidaturas acompanhem as propostas”.