O Partido Socialista (PS) apresentou hoje uma “avaliação negativa" ao mandato autárquico em Aveiro.
Manuel Oliveira de Sousa, líder do PS/Aveiro deu "nota negativa" à gestão autárquica protagonizada por Ribau Esteves.
O socialista criticou o desempenho da maioria PSD – CDS/PP acusando-a de “falhar promessas eleitorais e governar contra os aveirenses”. (com áudio)
Manuel Oliveira de Sousa falava durante uma Conferência de Imprensa para analisar o primeiro ano do segundo mandato da Presidência de Ribau Esteves.
Referiu que a CMA "marca passo em vários compromissos” assumidos com o eleitorado, numa referência "à qualificação de zonas industriais, a ligação Aveiro – Águeda, o Cais de Pescadores de São Jacinto, o Centro Escolar de Nossa Senhora de Fátima, o Centro Cultural de Aradas ou o Museu da Terra". (com áudio)
A concelhia de Aveiro do PS defendeu hoje que o município tem condições para sair imediatamente do Programa de Ajustamento Municipal (PAM), acusando a autarquia liderada pelo PSD/CDS/PPM de estar a "empurrar" esta decisão para 2021.
A Câmara de Aveiro anunciou recentemente que previa antecipar de 2023 para 2021 a saída do PAM, mas os socialistas consideram que é possível avançar já com essa medida, pagando a maior parte da dívida existente, com os 54,5 milhões de euros que a autarquia tem em depósitos à ordem.
"O pagamento da dívida é estratégico para sairmos do défice excessivo, para resolvermos as nossas questões em relação ao PAM e para Aveiro poder ter os investimentos devidos, nomeadamente na área dos transportes públicos e da educação", disse o líder do PS/Aveiro, Manuel Oliveira e Sousa, lamentando que essa não seja a opção do executivo.
O presidente da secção local do PS falava durante uma conferência de imprensa para fazer uma avaliação do primeiro ano do segundo mandato de Ribau Esteves à frente do município.
Os socialistas fazem um balanço "muito negativo", porque dizem que foi mais um ano "a marcar passo" e recordam as promessas eleitorais que estavam inscritas para 2018 e que não foram cumpridas, como a construção do Cais dos Pescadores de São Jacinto e do novo Centro Escolar de Requeixo, Nossa Senhora de Fátima e Nariz.
Na mesma sessão, o vereador do PS na Câmara de Aveiro, João Sousa, acusou a autarquia de "má gestão financeira", considerando que a Câmara tem os "cofres cheios à conta dos aveirenses e das empresas que estão a pagar as taxas e os impostos no máximo".
"Isto é uma irracionalidade", comentou João Sousa, esclarecendo que o saldo da autarquia de 54,4 milhões de euros "não é resultante de entregas do Fundo de Apoio Municipal (FAM)", mas sim de "excessos de liquidez que a Câmara gera".
O vereador socialista defendeu ainda que da mesma forma que o Governo "está a projetar uma redução da carga fiscal para quem trabalha", a autarquia poderia fazer o mesmo em relação aos aveirenses que, segundo o mesmo, "não estão a ser bem tratados por esta maioria".
Notícia: Terra Nova e Lusa
