O Bloco de Esquerda inicia campanha oficial em contacto direto com a população.
João Moniz diz que esse é um momento importante em qualquer campanha mas com maior peso nas autárquicas.
“Nos últimos dias temos intensificado o contacto direto com a população: na feira de Oliveirinha e na feira dos 28, no mercado de Santiago e num convívio com a população em Nossa Senhora de Fátima. E o que ouvimos é que as principais preocupações são a habitação e os transportes públicos. E ouvimos também o reconhecimento de que o Bloco de Esquerda é o partido da habitação e da mobilidade. Sentimos esse reconhecimento da população, que nos dá confiança.”
O cabeça de lista assume que são bandeiras no programa eleitoral.
“As nossas prioridades estão bem definidas: investir fortemente em habitação pública, para que Aveiro tenha casas acessíveis para quem cá vive; remunicipalizar os transportes públicos, garantindo uma rede fiável, acessível e sustentável; adotar um novo modelo de urbanismo, que ponha as pessoas e o ambiente no centro das decisões e não os interesses especulativos; criar uma rede pública de creches e lares, que assegure cuidados desde a infância até à velhice; e avançar com a criação do Parque Natural da Ria de Aveiro, protegendo o nosso património natural e assegurando que a riqueza da Ria é valorizada por todos.”
Com a habitação no centro do debate político, o BE aposta numa intervenção musculada.
“A nossa meta é clara: acrescentar entre 800 a 1000 novos fogos públicos na próxima década.”
Quanto a áreas de intervenção explica que são áreas definidas.
“Temos de avançar imediatamente com um projeto de habitação pública no antigo Hospital de Saúde Mental em São Bernardo e exercer pressão máxima junto do governo para concretizar o projeto de habitação pública nos terrenos da antiga Luzoestela. Mas isto não será suficiente e, por isso, queremos também expropriar os 20 hectares de campos de milho entre a Av. Francisco Sá Carneiro e a EN109 e avançar com um Plano de Pormenor para essa zona que articule habitação pública com amplos espaços públicos, parques verdes e mobilidade intermodal”.
