Artes digitais, novas tecnologias e património em Festival temático no âmbito da semana da tecnologia em Aveiro.
O PRISMA decorre entre 8 e 11 de outubro com 20 projetos apresentados por artistas de 9 nacionalidades.
Na primeira fase o festival terá lugar no interior de vários edifícios históricos e, nos dias 10 e 11, irá estender-se para vários locais ao ar livre, com videomaping, instalações de luz em jardins, praças e ruas de Aveiro.
O festival PRISMA realiza-se no âmbito da Aveiro Tech Week, uma iniciativa de acesso livre organizada pelo Teatro Aveirense / Câmara Municipal de Aveiro.
“A Forma das Coisas” é o tema da edição de 2025 do PRISMA, reunindo um conjunto de obras que exploram as possibilidades da geometria, da perceção e da criação, trazendo por diversas vezes a interação do público para a cena.
Uma fusão entre o orgânico e o digital com 20 projetos, quase todas em estreia nacional, de artistas de 9 nacionalidades.
Entre os destaques desta edição está “Organism + Excitable Chaos”, dos canadianos Navid Navab e Gareth Willis, obra que acaba de vencer o Prix Ars Electronica 2025
(o maior Festival do género a nível mundial) , na categoria Digital Musics & Sound Art, uma das mais relevantes distinções nesta área.
Uma instalação a conhecer na Igreja das Carmelitas, numa relação próxima que estabelece com este espaço.
Outra obra fundamental é “Oh Lord”, peça de grande impacto do artista francês Guillaume Marmin.
Trata-se de uma projeção em vídeo criada com o Observatório de Paris Meudon e o Instituto de Planetologia e Astrofísica de Grenoble, compreendendo mais de 15 000 imagens do Sol, exibida na Sala Estúdio do Teatro Aveirense.
Já no Museu Arte Nova poderão encontrar-se obras do artista português Gil Delindro e da alemã Michaela Lautenschlager.
O primeiro apresentará “Ródano - Suspensão”, uma peça criada a partir de gravações de infrassons dos movimentos do Glaciar do Ródano.
Já Michaela Lautenschlager irá trazer “Tiles of Time”, uma obra criada durante uma residência artística em Aveiro, no âmbito do programa CreArt 3.0, desta feita tendo os azulejos como elemento central.
A não perder estará “Aresta”, do criador espanhol Marc Vilanova, que faz com a forma e potencial sonoro do saxofone uma reflexão sobre o papel do intérprete.
Uma instalação a ver no Museu de Aveiro / Santa Joana, espaço onde também se poderão apreciar as obras “Aprés Nous, La Poussière”, do francês Clément Demonsant, e “passo a passo tudo passa”, do projeto aveirense Casa da Lenha.
Esta edição do PRISMA voltará a apresentar duas instalações no Rossio.
Na área exterior, será exibida uma obra do coletivo francês STUDIO DAAO, que vem apresentar uma instalação composta por cinco peças insufláveis gigantes que prometem surpreender os espetadores e tornar-se um dos ícones do festival.
Já no Parque de Estacionamento do Rossio o público poderá apreciar “Order200”, uma instalação do francês Émilien Guesnard com 200 lâmpadas náuticas, para celebrar a interligação de Aveiro com as águas da ria e do mar.
Destaque ainda para “Flux”, de Ksawery Komputery, da Polónia, uma instalação interativa de grandes dimensões composta por vários quilómetros de fitas LED, que irão transformar a Praça Marquês de Pombal numa paisagem de luz, movimento e som.
O Parque da Baixa de Santo António será novamente um dos eixos do PRISMA, já que aí serão apresentadas três obras impactantes, todas elas na forma de esferas de grandes dimensões e com uma vertente cósmica no seu conceito.
São estas “Fifth Element”, “Moon on the Water” e “Earth”, a primeira dos Metanoia e as seguintes dos Artshifters, dois coletivos da República Checa.
As crianças e as famílias serão novamente convidadas a participar no PRISMA, com três propostas a não perder: “Pig Farm”, uma espécie de parque de baloiços bastante original, “Demonz”, um jogo interativo de grandes dimensões e o workshop “Microcosmos”, onde os participantes terão a oportunidade de criar objetos decorativos a partir de esferas luminosas.
Como tem acontecido no passado, o PRISMA voltará a organizar a School of Videomapping, que este ano realiza a sua quarta edição, voltando a envolver iniciantes e profissionais num plano de formação que cruza as tecnologias de projeção com disciplinas como arquitetura, design, instalação, artes visuais e artes multimédia.
Os trabalhos finais serão exibidos na fachada da Sé de Aveiro.
Ainda no campo do videomapping, há duas obras a considerar, ambas projetadas na fachada de edifícios emblemáticos de Aveiro.
“Mirabela” irá recobrir a Antiga Capitania e “Eclipse” irá animar o ATLAS Aveiro, ambas concebidas por artistas da República Checa: Julie Tampierová e Jakub Nosek, respetivamente.