Os deputados do PS, eleitos pelo círculo eleitoral de Aveiro, acusam as bancadas da maioria na Assembleia da República de “falta de solidariedade política” na gestão de dossiês de qualificação de vias no Norte do Distrito e temem que o calendário eleitoral precipite em três meses uma obra que não foi feita em 4 anos. A referência é dirigida ao processo de requalificação da estrada nacional 223 no lanço entre IC2 (Arrifana) e A1 (nó da A1 na Feira). Os socialistas esperam que a obra não seja “aldrabada” e que se execute o mais depressa possível mas temem pela “falta de segurança nos atravessamentos” desta via rápida nas zonas da “Cruz e de Picalhos”.
Lembram que apresentaram um projeto de resolução em que exigiam ao Governo a requalificação imediata da estrada nacional 223 no lanço entre IC2 (Arrifana) e A1 (nó da A1 na Feira). Na altura os deputados do PSD/Aveiro insurgiram-se, acusando os socialistas de propaganda eleitoral uma vez que as obras iriam começar imediatamente.
“Hipocritamente, volvidos dois meses, abril do corrente ano, aproveitaram a apresentação dos projetos do PS e do BE para as ligações de Arouca-Feira para disfarçadamente incluir a necessidade de pressionar o governo com a urgência na realização das obras. Porém, o Partido Socialista imune a preconceitos bacocos de paternidade das iniciativas, apoiou incondicionalmente esta vontade política e votou favoravelmente. Em sentido contrário, em recente votação na Assembleia da República, sobre iniciativa idêntica, os deputados do PSD/CDS, inviabilizaram um projeto dos deputados do Partido Socialista, em que recomendava carácter de urgência na execução das obras”.
O PS diz que há “falta de solidariedade política na defesa dos interesses comuns” considerando que se trata de “um comportamento político lamentável que demonstra a pequenez do PSD/CDS do distrito de Aveiro, colocando os interesses do partido à frente dos legítimos interesses das populações”.
Os Deputados socialistas consideram que os deputados do PSD de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, “devem um pedido de desculpas às suas populações, por não defenderam os interesses de quem os elegeu”.