A "campanha de autêntica propaganda levada a cabo pela administração" da Renault Cacia – considerada uma vez mais “a melhor unidade do grupo”, "não podem ocultar a cada vez mais grave realidade vivida pelos trabalhadores da empresa", refere o PCP em comunicado. "Na sequência do famigerado 'acordo de competitividade' imposto em 2016, os resultados positivos cingem-se ao aumento dos lucros da empresa, decorrente de uma produção cada vez mais intensiva, de ritmos de trabalho cada vez mais acelerados, de uma redução significativa da massa salarial, de uma crescente pressão e penalização sobre todos os que ousam questionar a situação e as contínuas imposições aos trabalhadores", sublinham os comunistas. "Ganha particular destaque a expansão da precariedade laboral dentro da empresa. Ao contrário do prometido em 2016, são cada vez mais as situações de trabalho temporário, seja por recurso a vínculos a prazo, a empresas de mão-de-obra ou, agora e cada vez mais, a estágios do IEFP". O PCP alerta ainda para o facto de a Renault Cacia "estar a ter benefícios fiscais decorrentes da integração de estagiários do IEFP que são antigos trabalhadores da empresa, ou seja, vendo recompensada a sua política de contratar e despedir trabalhadores à revelia da lei".
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Política
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