O PCP considera que a Reitoria da UA, ainda sob a liderança de Manuel Assunção, está a promover concursos que deveria evitar em final de mandato.
Os trabalhadores não-docentes da Universidade de Aveiro foram confrontados com a abertura de vários concursos para desempenho de funções na Universidade, em regime de contrato com a Fundação.
Para o Partido Comunista não é fácil compreender que uma Reitoria em fim de mandato abra vagas para um concurso que inclui, entre outras, as posições de assessoria na Reitoria e não entende que procure aliciar os trabalhadores a passarem da função pública para o regime privado “propondo-lhes contratos com vencimentos superiores”.Surpresa que vem do facto de se abrirem “perspetivas de descongelamento das carreiras na Administração Pública”. Para o PCP esta iniciativa “tenderá a promover sobretudo a saída de trabalhadores em funções públicas” que durante muito tempo tiveram as suas carreiras "congeladas" para uma situação de contratação “ao abrigo do direito privado” com eventual perda de direitos adquiridos.
E reprova ainda a colocação dos diretores de Departamento a "gerir" os concursos.
Para a direção regional do PCP devem ser travados os procedimentos concursais de imediato até que, no mínimo, a nova Reitoria de Paulo Jorge Ferreira entre em funções.
Defende ainda a revisão dos mecanismos de avaliação da Administração Pública, com extinção ou alteração do SIADAP, e defende ainda a extinção da figura da Fundação.
A Reitoria disse ao JN que estão a ser cumpridos todos os preceitos legais nestes casos. O Reitor alega mesmo não ter qualquer influência nos processos de recrutamento.