Os agricultores da Marinha e da Ribeira, em Ovar, vão ao encontro do presidente da Câmara para pedir apoio nas reivindicações em defesa dos terrenos agrícolas.
Voltaram as queixas sobre a entrada de água salgada nos terrenos e as atenções estão centradas nas dragagens mas a Polis garante que o trabalho tem em atenção essa defesa e é coordenada com as autarquias.
“A entrada de água salgada sobre vários terrenos tem destruído toneladas de produção, além do que a presença de sal naquelas terras poderá torná-las não cultiváveis no futuro”, avisam os produtores que pedem para ser ouvidos na questão das dragagens e depósito de dragados.
A tentativa de encontro com o autarca Salvador Malheiro acontece, às 11h, junto à Câmara Municipal de Ovar.
A Polis Litoral Ria de Aveiro garante que continua a trabalhar de acordo com os anseios das populações da Marinha e defende que a intervenção de dragagem da ria foi pensada também para defender terrenos agrícolas.
A Polis esclarece que a intervenção de “transposição de sedimentos para otimização do equilíbrio hidrodinâmico na Ria de Aveiro” foi alvo de um procedimento de avaliação de impacte ambiental, sujeito a consulta pública.
Este foi um projeto desenvolvido pela Polis Litoral Ria de Aveiro em estreita articulação entre a Agência Portuguesa do Ambiente e a Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, “com o devido envolvimento dos seus Municípios associados que são as Entidades com maior competência e representatividade para veicular as necessidades e anseios das populações”.
A Polis explica que a garantia técnica dada passava pela salvaguarda de habitações e terrenos agrícolas através de sistemas de construção de “motas de proteção”.
“A obra tem sido desenvolvida em estreita articulação com as populações envolvidas e com técnicos das Câmaras Municipais em acompanhamento permanente dos trabalhos”, reforça a Polis.