A Comunidade Intermunicipal da Região defende uma revisão legal que permita maior agilidade na identificação de proprietários florestais como forma de dar sustentabilidade à prevenção dos fogos florestais.
Ribau Esteves aproveitou o elogio deixado pelo vereador Manuel Sousa (PS) aos bombeiros na época de fogos para adiantar que o tema esteve na agenda da Comunidade na reunião mensal desta quinta na Gafanha da Nazaré.
“Os elogios aos bombeiros devem ser feitos todos os dias. A questão dos incêndios é um clássico”, afirma o autarca de Aveiro mais interessado em combater as causas. (com áudio)
“O país tem que apanhar juízo e resolver o problema de uma vez por todas. Há um decreto-lei de 2006, regulado por decreto em 2007, para ter um sistema de informação cadastral para tratar com os proprietários. Nove anos depois não se passou nada e estamos outra vez a dizer que é preciso saber quem são os proprietários. Mas as finanças sabem só que não podem partilhar. Mude-se a Lei”.
Sem ocorrências de grande dimensão e apenas pequenos focos combatidos na fase inicial, o Município de Aveiro mostrou-se solidário com Águeda, Albergaria, Estarreja e Oliveira do Bairro, municípios atingidos por sinistros de grande dimensão.
O autarca recordou a existência do Estado como proprietário da Reserva Natural das Dunas de São Jacinto a quem cabem responsabilidades não cumpridas na limpeza de terrenos. Trata-se de um espaço sobre o qual a Câmara já manifestou interesse de gestão. "A Reserva Natural é um matagal seco às nossas portas. Quem é o dono? O próprio Estado”.
Ribau Esteves criticou ainda quem defende a restrição à plantação de eucaliptos como forma de limitar as matérias combustíveis. “Se a floresta não for economicamente sustentável então é que vai ser um grande matagal. Os fundamentalistas acham que o problema da floresta são as árvores de crescimento rápido”.