A CDU defende que é necessário maior investimento em cultura e novas apostas no Orçamento de Estado.
A cabeça de lista por Aveiro, Joana Dias, participou em audição pública da cultura e os temas tocaram a realidade local e as políticas nacionais.
Temas como a “restrição à presença de músicos de rua, a escassez de locais para atuações, a falta de apoio efetivo ao movimento cultural e associativo” e a “generalizada precariedade” foram alvo de debate.
A presença na capital portuguesa da cultura, abriu caminho ao debate com reparos à “falta de apoio estruturas culturais e associativas do concelho” e a transformação da cultura em mera “oportunidade de negócio” em “lógica puramente mercantilista”.
A CDU fez a defesa de 1% do Orçamento do Estado para a cultura e lembra que 78% dos trabalhadores da cultura assume ter dois trabalhos para assegurar rendimentos.
“A intermitência do trabalho em cultura, a precariedade laboral, alicerçada muitas vezes em recibos verdes e em contratos de muito pouca duração, bem como o estatuto dos profissionais da área da cultura, são instrumentos que pretendem perpetuar a elitização da produção cultural, bem como da sua fruição. A lógica competitiva dos concursos da DGArtes, deixando de fora projectos elegíveis, a degradação do património cultural, o subfinanciamento e a desresponsabilização do Estado contribuem largamente para a mercantilização da cultura, afastando a sua produção e o seu acesso da generalidade das pessoas”.