O Partido Social Democrata de Ílhavo acusa João Campolargo de desrespeitar a Assembleia Municipal e o eleitorado ilhavense por não ter respondido às questões dos deputados na sessão de sexta-feira.
Numa sessão marcada pelo silêncio e reserva do autarca, o principal partido da oposição diz que “assistiu-se a um péssimo exemplo do que a Democracia deverá ser”.
Foram várias as questões que levaram João Campolargo a deixar a oposição a falar entre si (com áudio).
A líder da concelhia Social Democrata diz que poucos dias depois da Sessão Evocativa do 25 de Abril, em que se assistiu a “uma verdadeira lição de democracia e respeito”, com destaque para os discursos de três jovens do Município, o arranque da Assembleia cotou-se como “clara a total falta de respeito pelo Órgão máximo da democracia”.
Perante o pedido de esclarecimentos, o autarca de Ílhavo assumiu uma atitude de reserva que a oposição diz ser falta de respeito perante o órgão fiscalizador.
“Assistimos a um debate unilateral, ou a um debate entre grupos municipais, se assim lhe quisermos chamar, debate ao qual o Sr. Presidente João Campolargo se manteve alheio, recusando prestar esclarecimentos e dar resposta às várias questões colocadas, ainda que os mesmos tenham sido pedidos reiteradamente. Ao invés de uma postura proactiva e colaborante, vestiu a camisola da vitimização optando por se escudar e remeter ao silêncio”.
O PSD critica esse silêncio e diz que o “silêncio não pode ser a resposta” para dar aos Munícipes, representados na Assembleia Municipal pelos membros dos diferentes partidos.
“É necessário de viva voz, dar os esclarecimentos e dar as respostas que são solicitadas. É assim que se vive a democracia em Ílhavo”.
Fátima Teles considera que o silêncio é sinal ou de incapacidade para responder ou de soberba de quem considera que “pode governar sozinho”.
“O silêncio não pode ser a resposta. Explicar, esclarecer e concertar, isso sim são estratégias a adotar e a seguir. Ílhavo Dezoito meses depois, assistimos, ineditamente, a momentos que muito ficam a dever ao sentido democrático, que a todos nos deve reger e nortear. Quando os membros dos grupos municipais são chamados de ´esta gente` e os seus argumentos de ´cassetes`, algo de grave se passa. A vida e gestão autárquica é um desafio e responsabilidade enorme, e todos nós, Partidos Políticos e Movimento, somos chamados a fazer a nossa parte. O que exigimos ao Sr. Presidente e à maioria que governa é que respeite a Casa da Cidadania e todos quantos lá moram”.