O reforço do cordão dunar entre a Costa Nova e a Vagueira avança em 2018 e a dragagem da ria vai a concurso em Maio. Duas certezas deixadas pelo Governo, esta terça, em Ílhavo na assinatura de contratos de investimento para várias empreitadas que abrangem todo o país.
Ílhavo foi o palco de apresentação dos investimentos financiados pelo PO SEUR no campo da Proteção do Litoral. Está previsto um pacote de 47 projetos aprovados num investimento global de 110 milhões de euros em que as recargas surgem em plano de destaque.
No caso da região de Aveiro as dragagens e a recarga de areia no cordão dunar são as mais expressivas em área sensível que o Governo quer atacar.
Além do transporte da areia depositada em área portuária, os dragados também vão ajudar a proteger a costa num investimento de cerca de 15 milhões de euros.
O Ministro do Ambiente afirma que a política está assumida. As recargas de areia são a primeira aposta a que se poderão juntar alguns esporões e um trabalho que terá de ser regular no futuro (com áudio).
A Ministra do Mar elogia a intervenção do Porto de Aveiro no processo de reforço do cordão dunar. E lembra que há ganhos para os Municípios e para a economia uma vez que a área ocupada, com areia em depósito, será libertada para a instalação de novas empresas em área portuária.
Depois do arranque da construção da unidade da A Silva Matos, outras poderão seguir-se. Ana Paula Vitorino realça essa parceria entre economia e ambiente como marca distintiva deste projeto.
“Temos areias acumuladas na ZALI, zona logística, que para se poder infraestruturar tem que ser retirada. Esta é um oportunidade para propiciar um projeto do porto e beneficiar a defesa da costa. Juntar dois projetos deste tipo é a primeira vez”.
Fernando Caçoilo assumiu-se como o autarca que todos os dias vai verificar as condições da orla costeira e lembra que o litoral merece o investimento. O presidente da Câmara de Ílhavo acredita que o quadro de apoio é oportunidade única para qualificar o litoral. E diz que o litoral tem sido apresentado como zona “rica” mas sem o devido retorno.
"Neste espaço de território, que tem a maioria da população, o ponto em que mais se cobra em impostos, é necessário olhar para o litoral. O Portugal 2020 pode ser a última oportunidade para evitar um litoral sem investimento. Sem valorização do território, sem vida ou lazer é um nado morto, não serve para nada”.
Braga da Cruz, administrador do Porto de Aveiro, saúda o entendimento entre as diferentes instituições públicas que dão as mãos nos projetos de reforço do cordão dunar.
“Administração do Porto de Aveiro entende que é fundamental que a ação do Porto seja efetivamente amiga das populações e dos territórios na proximidade e como tal seja percecionado".