O presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré assinala o segundo aniversário da tomada de posse do atual executivo com um caderno de encargos e desafios para o futuro da cidade.
E com recados ao executivo camarário liderado por João Campolargo.
Um dos temas da agenda é a habitação e a integração social de um número cada vez mais elevado de imigrantes que chegam à freguesia.
Carlos António Rocha (na foto) afirma preocupação pela falta de condições para acolher novos residentes.
Com a instalação de empresas de grande dimensão na Freguesia, a Junta fala em “fluxo de imigração” de pessoas de várias nacionalidades com “necessidades prementes de habitação”.
“Vivemos um sério problema de alojamento na nossa Freguesia para o qual temos de encontrar respostas e soluções, de forma a integrar estas pessoas de forma digna, pois farão parte da comunidade e ajudarão a contribuir para o desenvolvimento económico da Freguesia e do Município”, refere Carlos Rocha a propósito das políticas de habitação e de integração social.
Em jeito de carta aberta, a Junta afirma-se como “voz ativa, reivindicativa e defensora dos interesses da população” nos diversos órgãos e entidades competentes e no trabalho com o meio associativo e os cidadãos.
E na mensagem dirigida à Câmara de Ílhavo elenca um caderno com questões que esperam resposta e que tinham sido lançadas há dois anos.
Relembra o alargamento do cemitério como dossiê de máxima urgência.
“Previsivelmente, dentro de 4 ou 5 anos deixará de haver espaço para novas sepulturas, existindo o risco de alguns defuntos serem sepultados em cemitérios vizinhos”.
Um caderno que relembra questões como a iluminação da Rua da Seca (Vala do Oudinot); a reabilitação do Centro de Saúde que dispõe, segundo Carlos Rocha, de “condições favoráveis” à concretização com fundos do PRR, a reabilitação do Jardim 31 de Agosto, situado no coração da cidade, e marcado pelo estado de degradação onde existem atividades ilícitas e impróprias e onde existe uma estrutura municipal completamente vandalizada; a requalificação dos centros cívicos na zona da Junta de Freguesia e na zona do Largo St Johns; a Rua D. Manuel Trindade Salgueiro, tramo sul, entre a rotunda e o viaduto da A25; o Edifício da Junta de Freguesia; a construção de rede de águas pluviais na zona da Marinha Velha e Cale da Vila (a sul da A25) e a reabilitação de pavimentos que abateram.
Carlos Rocha deixa um recado à gestão “independente” do movimento “Unir para Fazer” sobre o diz ser a necessidade de olhar para o Município com “equidade”.
“Aproveitamos para lançar ao Executivo Municipal o desafio de nos oferecer uma visão ambiciosa e inovadora na forma de gerir o território e que o veja como um todo e com equidade”.