Eduardo Feio vai liderar o Gabinete de Estudos do PS que estará na base de uma “agenda para a economia de Aveiro” e quer retirar da gaveta o fim de obras públicas acabando com a “diabolização” de projetos que fazem sentido para fechar redes de ligação entre diferentes pólos de desenvolvimento.
O antigo candidato à Câmara de Aveiro e atual vereador tem no currículo a passagem pela estrutura de missão das Lojas do Cidadão de Segunda Geração e dois anos como diretor-geral no Ministério da Administração Interna liderado por António Costa. Foi o nome escolhido pela distrital liderada por Pedro Nuno Santos para coordenar a equipa que ao longo dos próximos meses vai debater temas setoriais com interesse para o Distrito de Aveiro e a sua projeção no País. Segundo os dirigentes do PS “há que pensar a economia” e deixar de andar “em navegação à vista”.
“A política tem que ser fundamentada. Não pode ser feita à vista. Neste Governo há medidas à vista. É importante que se envolvam mais pessoas. É importante que os presidentes das concelhias se envolvam porque conhecem o terreno”. Feio admite que a maior dificuldade é estudar uma realidade, o Distrito, que “não tem correspondência estatística na era das regiões e das sub-regiões.
O Gabinete recusa a mera colagem ao período eleitoral e assume que veio para ficar. Pedro Nuno Santos, líder da distrital do PS, espera que o lançamento a 9 meses de eleições “ajude a alimentar o programa de candidatura do PS” mas revela que “o prazo de validade não está nas eleições”.
A aposta em debates setoriais de áreas líderes em Portugal foi assumida como o arranque das sessões públicas, a 2 de Fevereiro, em Ílhavo, num debate sobre a economia do mar. Segue-se Anadia, a 23 de Fevereiro, sobre educação e recursos humanos; Arouca sobre acessibilidades e Oliveira de Azeméis sobre inovação e tecnologia.
A ponte entre a produção de conhecimento da Universidade de Aveiro e as empresas é um dos pilares desta aposta que mobiliza políticos e académicos. “Esta agenda quer um discurso sobre a economia de Aveiro. Queremos apoiar o surgimento de novos setores e a melhor maneira de articular a UA com estes setores e perceber quais as dificuldades na transferência de tecnologia. Com este plano de visitas e debates queremos conclusões sobre políticas públicas. Queremos ajudar a economia a modernizar-se”, conclui Pedro Nuno Santos.