Luís Montenegro aproveitou o arranque do périplo pelo distrito de Aveiro para chamar a atenção para inúmeros projetos que ficaram na gaveta da governação nos últimos anos.
“Sentir Portugal” está esta semana no distrito de Aveiro e presidente do PSD levou ao almoço de Natal da Distrital social democrata uma mensagem de “cobrança” ao novo líder do PS.
Luís Montenegro recordou que o novo líder do PS teve a pasta das infraestruturas do governo e “não a aproveitou para cumprir a promessa que o próprio fizera de construir o troço que falta da variante à estrada nacional 222”.
O primeiro dia a “Sentir Portugal” em Aveiro incluiu visitas ao mercado de Natal de Arouca, ao Perlim – evento temático natalício de Santa da Feira – e o tradicional almoço de Natal da Distrital, que ocorreu em Castelo de Paiva.
Na ocasião, respondendo ao presidente da Câmara local na intervenção proferida, Luís Montenegro recordou que quando tomou posse na Assembleia da República, em abril de 2002, o dossiê da variante à EN222 já “tinha barbas”.
A esse respeito, disse ser “justo” que se atribuam responsabilidades a todos os que estiveram no governo, mas enfatizou que, de 28 anos, 22 foram governados pelo PS.
“Os tais que dizem tanto e tão bem, que vieram aqui prometer, foram titulares da pasta das infraestruturas, tinham a bola nos pés e não remataram à baliza” atirou o presidente do PSD, referindo-se ao antigo ministro da tutela, agora líder do PS, também natural do distrito de Aveiro e “autor de diversas promessas não cumpridas sobre esta obra”.
Luís Montenegro dirigiu o essencial da sua intervenção ao que será o seu principal adversário.
“Está tudo bem organizado, a imagem é bonita, o slogan é bonito… E soluções? E caminho?”.
O presidente do PSD acusou os socialistas de não “terem ideias ou soluções”, antevendo que será difícil virem a ter, dado que, como enfatizou, “vão ter de dizer que vão fazer tudo ao contrário do que fizeram, quando tiveram todas as condições para fazer melhor”.
O presidente da Distrital do PSD lembrou que o novo secretário geral do PS – que agora diz que “vai dar início a um novo ciclo” – é o mesmo que “operacionalizou o golpe administrativo de António Costa”, para vincar que “precisamos de um primeiro ministro que saiba decidir, que olhe para as questões com ponderação”, dado que, como referiu, “governar é um exercício de grande responsabilidade, que impõe a definição de prioridades”.
José Rocha, presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, centrou a sua intervenção nas necessidades do seu território, em particular as ligações rodoviárias, como a conclusão da variante à EN222 e o IC35, dizendo-se convencido de que, com Luís Montenegro na liderança do governo, os paivenses podem ter a “garantia de que os projetos serão concretizados”.