O Candidato à Câmara da Coligação Viva’Aveiro Manuel Oliveira de Sousa esteve com a dirigente do PAN, e Presidente da Comissão de Honra da Candidatura, Inês Sousa Real, na Pateira do Carregal, em Requeixo, Nossa Sra. de Fátima e Nariz, com outros elementos da candidatura, como Rui Alvarenga, Pedro Rodrigues, Fernando Nogueira, Marta Dutra e o candidato à Freguesia, Pedro Oliveira.
Foram abordadas várias temáticas, nomeadamente a das alterações climáticas.
"Contrariando o que vem inscrito no Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, Aveiro regista um défice preocupante de espaços verdes e necessita urgentemente do estabelecimento de corredores ecológicos e da preservação sensata do seu parque arbóreo. E em relação aos transportes, é evidente a necessidade de constituirmos uma rede eficiente e que corresponda às reais necessidades dos utentes, para que se estimule a redução da utilização do transporte individual. A transição neste sector passa também pela articulação dos vários tipos de transportes públicos, pela descarbonização das frotas, pela aposta na ferrovia, pelo investimento em combustíveis mais limpos e de base renovável, e pela aplicação da estratégia europeia para a utilização de bicicletas, com a criação de incentivos para a adaptação do centro urbano de Aveiro à mobilidade suave, nomeadamente com a construção de ciclovias interligadas entre si, estacionamento para bicicletas e facilidade da entrada em transportes públicos, bem como o desenvolvimento de uma estratégia para a mobilidade suave de longa distância. De igual modo será fundamental a criação de infraestruturas seguras para os peões em todo o território municipal", referem.
"Por conseguinte, para atingir a neutralidade carbónica são necessárias políticas ambiciosas e uma grande transformação em todos os sectores socioeconómicos. Precisamos de mudanças profundas na descarbonização dos sectores da produção de eletricidade, do transporte de pessoas e bens, da agricultura, da produção animal e do sector residencial, de aumentar a eficiência energética em todos os sectores da economia, de descentralizar e democratizar a produção de energia, de promover a transição energética na indústria, de fomentar o sequestro de carbono, de reduzir e prevenir a produção de resíduos, de estimular a investigação e redirecionar apoios públicos para a neutralidade carbónica e de fazer da fiscalidade um instrumento de transição para uma economia de carbono zero. É fundamental a criação de um Roteiro para a Neutralidade Carbónica Municipal que tenha como meta o equilíbrio entre as emissões e o sequestro de carbono no município até 2040, em linha com os esforços necessários para limitar a temperatura a 1.5ºC".
"Mais de 2/3 da população portuguesa encontra-se a habitar a estreita faixa costeira do litoral do país. Fenómenos como os que temos assistido na Alemanha e na Bélgica tenderão a reproduzir-se com maior frequência por toda a Europa. Portugal será um dos países onde as alterações climáticas se farão sentir com mais frequência e intensidade. Municípios como Aveiro e Figueira da Foz sentirão a ameaça da subida do nível do mar – zonas como Ílhavo e Vagos são particularmente vulneráveis a inundações. Um estudo da Universidade de Newcastle (2018), sobre os efeitos das alterações climáticas na segunda metade do século XXI, coloca Aveiro como uma das cinco cidades portuguesas que enfrentarão maiores desafios em termos de seca e inundações", concluem.