O Bloco de Esquerda quer rotura com as políticas de direita em Aveiro.
O Manifesto autárquico acentua a mudança que a pandemia impôs na sociedade acentuando valores como a “solidariedade, a justiça social e a redistribuição da riqueza”.
Para os Bloquistas só esses valores conseguem responder na saúde, no trabalho, na educação, no apoio social e à economia, no confinamento, e na vacinação.
A candidatura do Bloco quer contributos para novas políticas com “organização solidária” da economia.
Por entre críticas à política fiscal que arrecada impostos “como nunca”, aponta limitações aos serviços públicos em parte “entregues a privados ou reduzidos ao mínimo”.
Critica a política municipal de habitação “deixada ao mercado”, a política de mobilidade “entregues a privados” e a falta de respostas na “emergência climática” e na “emergência social”.
“Na política de apoios sociais, vigora o assistencialismo discricionário e a pedido, contrário ao empoderamento e à criação de soluções para as pessoas em carência económica”, refere o BE.
“Os apoios são manifestamente insuficientes e não existe um serviço público municipal de ação social baseado em direitos sociais e económicos. Não existe sequer tarifa social automatizada na água e nos resíduos, excluindo 5.164 famílias carenciadas”, conclui o BE na antecâmara das autárquicas.
No lançamento do manifesto autárquico, o BE nota como positiva a sociedade que se mobiliza pelos valores comuns.
“Ao longo dos últimos anos, os movimentos sociais cresceram e ocuparam as ruas de Aveiro. Gente solidária que luta por trabalho com direitos, por transportes públicos, pelo serviço nacional de saúde, por um urbanismo inclusivo, por um Rossio jardim sem estacionamento. Gente solidária que se organiza na greve climática estudantil, em movimentos feministas, na marcha LGBTI+ e na manifestação contra o racismo. Esta é uma Aveiro progressista e humanista na qual nos revemos”.
João Moniz, coordenador da Concelhia bloquista, deixou criticas às políticas de gestão autárquica em Aveiro.
O aumento da receita gerada por impostos que passou de 21 milhões para 36 milhões de euros anuais, fez-se “sem correspondência nos serviços públicos prestados em Aveiro”. (com áudio)
“Construir o Futuro” é o desafio politico dos bloquistas aveirenses para as próximas eleições locais onde vão concorrer a todos os orgãos autárquicos com o objetivo de “aumentar a votação de 2017”.
Promete dar especial atenção a questões de ordem ambiental porque Aveiro “é das regiões que está mais vulnerável".