O presidente do Centro Social e Paroquial Nossa Senhora da Nazaré assume que o lar da cidade está esgotado e o novo projeto dependente de fundos comunitários e ajudas do Governo. Na celebração dos 25 anos da instituição, o Padre César não escondeu que o desafio é estar atento às oportunidades que podem surgir (com áudio).
“Temos esperança e projeto feito. É um projeto demasiado arrojado. Não fomos contemplados numa primeira candidatura e esperamos nova oportunidade. É uma obra de 2,5 milhões de euros que o centro social não consegue suportar por si só. Estamos atentos mas precisamos de simplificar o projeto. As instalações atuais estão esgotadas. Não respondem cabalmente e com a dignidade que desejaríamos”.
Por agora mantém-se a atividade nas atuais instalações sem o dimensionamento desejado. “Com as instalações que temos podemos aguentar mais alguns anos mas gostaríamos de equipar a cidade com umas novas instalações. Temos terrenos na área do mercado e a todo o momento queremos avançar”.
A celebração dos 25 anos é momento festivo para evocar os obreiros da criação do Centro Social. “São 25 anos de vida e numa instituição deste tipo representa muito. Muitas vidas foram dedicadas a este centro. Temos a oportunidade de homenagear os primeiros órgãos sociais, com uns vivos e outros representados por familiares e na nossa memória. Esta é uma instituição de afetos. Se não fosse assim não seria possível manter estas obras. É um serviço, sim, mas com o coração. Só assim se atingem objetivos”
O presidente da Câmara de Ílhavo não esconde que o objetivo será manter atenção às oportunidades que surgirem para concretizar a obra. “São 25 anos de referência na arte de fazer bem e ajudar quem precisa. São 25 anos de substituição de responsabilidades do Estado. O centro social tem um papel importante. Dá para interrogar, se não existisse centro social como seria a vida dos idosos. Deixo os meus parabéns à espera de mais 25 anos com uma nova unidade que garanta ainda melhor serviço”.
Carlos Rocha, presidente da Junta de Freguesia, assumiu a importância de criar novas instalações como desafio premente. “Queria muito que o futuro fosse risonho uma vez que o Centro tem condições de trabalho difíceis. Era necessário iniciar a construção de um novo lar. Penso que melhorando as condições físicas ainda é possível melhorar”.
O autarca viu na presença de entidades oficiais como o diretor do centro de segurança social a oportunidade de relançar a questão do financiamento. “A sessão de hoje é um momento ótimo porque junta entidades com poder de decisão. Queremos forçar um pouco para que estas questões possam ser agilizadas no mais curto espaço de tempo”.
Carlos Rocha sublinha a importância do centro paroquial como uma das obras de maior relevância social. “Diria que é das instituições de maior relevância quer pelo acolhimento dos utentes quer pelo serviço externo que presta. Só por isso merece todo o respeito”.