O PCP crítica a posição da Câmara de Aveiro que anunciou ter desistido de transformar a antiga EN 109 em via urbana, com o fim do estudo urbanístico que previa prédios até sete andares 'em volta' da via.
António Salavessa, do PCP, alerta para a importância deste passo carecer de debate e votação na Assembleia Municipal. Lamenta que Ribau Esteves tenha anunciado "uma decisão unilateral". Ribau Esteves "fez declarações do estilo 'posso, quero e mando', completamente desligadas do processo democrático. O que temos em Aveiro, bem ou mal, é um Plano Municipal discutido e aprovado na AMA, um Plano especifico para a EN 109 que está em vigor", sublinhou.
A Câmara de Aveiro deixa cair a vocação urbana para a EN109, definida por um Estudo Urbanístico, e opta pela recuperação do Projeto de Requalificação da Via entre Ílhavo e Albergaria-a-Velha.
Pires da Rosa (PS) diz que Ribau Esteves continua a fazer um jogo político em que aparece como único actor. "Este Plano demorou muito tempo a fazer. Tem uma 'ideia de cidade', um sítio pensado para se colocar um novo Hospital, tinha a perspectiva do que seria a 109 entre outras questões. É evidente que as coisas mudam e os Planos tem de se ajustar às realidades mas, é uma falta de respeito que Ribau Esteves acorde de manhã e diga que chegou agora, que só ele percebe as coisas, que só ele tem influência política e vai resolver isto tudo, porque é ele que manda. As declarações de Ribau Esteves, sobre esta matéria, são lamentáveis e inacreditáveis. O mundo não gira à sua volta, ele ainda não percebeu isso", disse no programa de debate político 'Canal Central' da Terra Nova, no passado sábado de manhã.
A conversa foi retomada a propósito da Assembleia Municipal de Aveiro de sexta-feira que aprovou, por maioria, o Regulamento Urbanístico de Aveiro. A este propósito Ribau Esteves, líder autárquico, assegurou que ficam criadas condições para se "manusear um regime de incentivos". O autarca explicava que "há condições também para criar um regime que acomode eventuais linhas de incentivos de fundos comunitários".