O presidente da Câmara de Ílhavo reage com satisfação ao anúncio da colocação do Forte da Barra, na Gafanha da Nazaré, na lista de 30 monumentos que serão concessionados pelo Estado a privados para fins turísticos.
Fernando Caçoilo adverte apenas para a necessidade de haver “flexibilidade” na gestão do dossiê sob pena da área disponível não satisfazer o interesse do mercado.
"Contentes estamos. Se o futuro vem concretizar os nossos anseios isso serão outros passos. A informação que tenho é que em janeiro seremos contactados pela Secretaria de Estado da Cultura para assinar um protocolo. Vamos ter fé que o problema se resolva".
Na primeira reação à notícia, o autarca lembrou que pousadas e hotéis ficarão sempre dependentes da autorização para um projeto que além da recuperação do edificado possa agregar novas áreas. No campo da restauração, admite que o espaço possa ter uso sem “alargamento” (com áudio).
A única certeza é que depois de muitos anos de degradação e de apelos à “cedência” a concessão pode ser uma boa notícia. A reclamação de uso e recuperação tem um histórico de apelos de autarcas, associações e entidades locais. A iniciativa da Administração Portuária de selagem e pintura do local mereceu mesmo elogios de diversos setores da população.
"Há mais de 15 anos surgiu um grupo interessado e que teve contactos com a Câmara e o Porto de Aveiro mas, se bem me lembro, as exigências que se faziam ao promotor eram tais que não havia rentabilidade. Tem que haver cuidado. Se o Estado exigir este mundo e o outro o custo anula a rentabilidade. Esperamos que o Estado não exija contrapartidas tais que inviabilizem a recuperação do espaço", conclui Fernando Caçoilo.