O Bloco de Esquerda quer “menos ruído e mais discussão de interesse público” na questão dos terrenos da antiga lota.
Depois de ouvir as posições assumidas pelo Presidente da Câmara, Ribau Esteves, e o deputado Hugo Oliveira, pelo PS, o BE diz que a discussão é “estéril”.
O Bloco de Esquerda entregou uma pergunta escrita ao governo com questões sobre o futuro dos terrenos, o seu impacto na qualidade de vida dos aveirenses e condicionantes à especulação imobiliária, respeito pelo direito à habitação e garantias de combate às alterações climáticas.
“Vemos o Presidente de Câmara e um deputado do partido do governo a discutir na praça pública se uma entidade pública deve pagar a outra entidade pública por um terreno público. É uma discussão que diz muito pouco à vida das pessoas em Aveiro. É pouco mais que ruído que, infelizmente, oculta a discussão que importa fazer”, afirmou o deputado Nelson Peralta.
“Importa garantir que estes terrenos públicos, numa zona central na cidade, são colocados ao dispor da comunidade. Essa é a discussão que importa à vida da comunidade e deve ter uma resposta de curto-prazo e outra para o futuro”, considerou o deputado bloquista.
O Bloco há muito que defende uma solução de curto prazo para os terrenos da lota.
O candidato à Câmara considera que “para começar, é preciso dotar imediatamente a zona de infraestruturas de iluminação e passeios. Há todo um conjunto de pessoas que usam aquela zona, nomeadamente crianças e jovens para a prática de desportos na Ria, e, portanto, necessitam de condições mínimas de segurança e conforto. A lota não pode estar ao abandono à espera de ser entregue à especulação imobiliária”.Para o bloquista, a discussão devia estar centrada sobre o que implantar naqueles terrenos.
“Há que respeitar os seus limites, nomeadamente nos riscos e na proteção face às alterações climáticas. E é preciso garantir que tem áreas públicas de lazer e de contacto com a natureza.”