O Bloco de Esquerda de Esquerda visitou as áreas afetadas pelos incêndios de 2017 e contactou com a população em Mamodeiro.
Constata que um ano depois “não existiram políticas públicas para o ordenamento da floresta e que o eucalipto continua a ser a espécie dominante”.
Há um ano os incêndios ocorreram em plena onda de calor. De registar que um ano depois o país foi assolado por uma forte tempestade.
As alterações climáticas tornam o clima instável e os fenómenos climáticos extremos passam a ser mais frequentes. Para o BE, a floresta “tem também que estar adaptada a esta nova realidade e servir para mitigar esses mesmos efeitos”.
“O Bloco de Esquerda considera que são necessárias medidas urgentes para reduzir o risco de incêndio, aumentar a rentabilidade da floresta e garantir serviços ecológicos”.
Destaca a urgência de promover medidas de associativismo florestal garantindo a gestão da floresta em grandes manchas contíguas para as proteger e para garantir aos pequenos proprietários rendimentos da atividade.
“É ainda necessário um modelo económico que não transforme as florestas em meras reservas de matéria para a indústria da celulose. A diversidade de espécies e espécies autóctones mais resilientes aos incêndios devem ser apostas claras no reordenamento da floresta”.