O Bloco de Esquerda pede política alternativa para resolver os problemas no hospital de Aveiro.
Cita os mais recentes exemplos de limitações no serviço para dizer que a saúde tal como está não pode continuar.
“Um doente triado como urgente deve ser atendido em até 60 minutos. É assim que está definido no protocolo e é assim que deve acontecer tendo em conta o estado de urgência da situação. No entanto, hoje, 27 de dezembro, às 10h da manhã, os doentes urgentes esperavam mais de 7 horas no hospital de Aveiro até serem atendidos. Mais de 7 vezes o tempo definido e mais uma clara demonstração de como, sob a batuta da maioria absoluta do governo do PS, o SNS se tem vindo a degradar”, refere o BE.
O hospital de Aveiro é um dos que apresenta dificuldades para garantir o pleno funcionamento dos serviços com constantes encerramentos, desde a urgência de cirurgia geral até à de ginecologia e obstetrícia, com transferência de utentes para Coimbra.
Para o BE, que já foi “parceiro” do PS, o Governo bem pode apregoar que há cada vez mais recursos afetos à saúde mas a “realidade desmonta a propaganda”.
“A verdade é que o SNS nunca teve tantos problemas como agora. Mais de 1,7 milhões sem médico e sem equipa de família é um descalabro. A isso junta-se uma falta gritante de profissionais, desde médicos e enfermeiros, a técnicos superiores e assistentes operacionais. Por causa disso os que continuam no SNS veem-se obrigados a fazer várias centenas de horas extraordinárias e os utentes têm cada vez menos acesso à saúde. As listas de espera aumentam, os tempos de espera batem recordes e há cada vez mais serviços encerrados”.
Para o BE chegou o tempo de “abrir um novo ciclo” no Serviço Nacional de Saúde.
“É tempo de reconstruir o nosso serviço público de saúde, o único que garante o acesso à saúde a todas as pessoas. É tempo de resgatar o SNS das mãos da maioria absoluta do PS e dos sonhos de privatização que o PS partilha com o PSD, a IL ou o CH”.
O dedo acusador do BE vai para a forma como os governos Costa têm levado o SNS para um beco sem saída.
“Nunca tanto orçamento foi retirado ao SNS para ser entregue, de mão beijada, ao setor privado. Nunca tantas grávidas foram transferidas para o setor privado depois de o Governo ter lançado o caos nas maternidades e nas urgências de obstetrícia; nunca tantos foram empurrados para fora do SNS e tiveram de gastar do seu bolso para aceder à saúde. O governo da maioria absoluta do PS foi o da liberalização da saúde e o do caos no SNS”.