Aveiro: PS encontra no PSD “obsessão com Alberto Souto de Miranda".

A concelhia do PS responde às críticas do PSD e afirma que o lançamento do livro de Alberto Souto sobre Aveiro não é “regresso ao passado” mas indicação de vias de “regresso ao futuro”.

Paula Urbano diz que Simão Santana mostra “obsessão” com Alberto Souto de Miranda e associa essa leitura à juventude do dirigente partidário que, segundo a concelhia socialista, assistiu ao período de governação de Souto em Aveiro.

“Jovem de tenra idade nos idos anos de 1998 a 2005, assistiu a uma tal transformação no Município de Aveiro que não mais retirou da sua mente o então Presidente da Câmara. Não há nota de imprensa ou comunicado por si assinado , enquanto presidente da Secção de Aveiro do PSD, que não refira Alberto Souto. Nem um”.

O PS reafirma que Souto é “um dos melhores quadros do Partido Socialista e tem um curriculum pessoal, profissional e político invejável”.

Reafirma “orgulho” na sua militância e reage ao comunicado do PSD que classifica como “nota de imprensa infame”.

Paula Urbano entende que a nota de imprensa do PSD mostra que o partido "não tem propostas" para o futuro de Aveiro e centra atenções em que desempenhou funções há 20 anos, depois de duas décadas em que, segundo a concelhia socialista, não conseguiu fazer de Aveiro “um Município social e territorialmente coeso e acessível”.

“Incomoda-o o legado autárquico do Partido Socialista porque este faz parte do dia a dia dos aveirenses. Em todas as freguesias, de Nariz a São Jacinto. O PS trouxe para Aveiro inovação, modernização e centralidade. 20 anos de governação social democrata não trouxeram mais do que retrocesso e falta de ambição”.

O PS separa o lançamento do livro e a corrida autárquica e diz que ainda não há decisões sobre programa e candidatos.

“O Partido Socialista ainda não apresentou o seu programa autárquico, ainda não apresentou os seus protagonistas, mas os aveirenses sabem que podem contar com o Partido Socialista. Regresso ao passado? Não. Aveiro precisa de regressar ao futuro”.

A resposta do PS faz, ainda, a defesa da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social) como “associação cívica” com “militantes de todos e de nenhum partido político”.

Diz que a condição de militantes socialistas e dirigentes da Sedes de Álvaro Beleza e Alberto Souto não está encapotada e as posições “são públicas”.