A CDU reitera “total oposição” ao parque subterrâneo do Rossio e diz que há muito “acordou” para a questão das alterações climáticas.
No momento em que há trabalhos preparatórios para o início da empreitada, uma delegação da CDU encabeçada por Miguel Viegas e Emídio Abrantes, candidatos à Câmara Municipal de Aveiro e à Junta de Freguesia da Glória e Vera Cruz, esteve no Rossio onde reafirmou a sua total oposição à construção do parque subterrâneo.
Miguel Viegas diz que é uma obra que vai contra as “evidências científicas” que apontam para a necessidade de reduzir o trânsito automóvel no centro da cidade.
“Persistir com esta obra, dias depois da publicação do sexto relatório do clima publicado pelo IPCC [sigla em inglês do painel de peritos das Nações Unidas sobre alterações climáticas] confirma a necessidade de romper com a atual gestão PSD/CDS”, defende o candidato comunista.
O candidato classifica a obra como “aberração ambiental”.
“Em vez de potencial os outros parques existentes e subaproveitados, e privilegiar ao acesso ao centro da cidade através de modos suaves (pedonal e bicicleta) e transportes públicos, Ribau Esteves mantém-se obstinado em concluir uma obra que irá implicar, para além da construção do parque numa zona de enorme sensibilidade ambiental, a criação de uma nova ponte a montante da eclusa, convidando mais automóveis para o centro da cidade e cortando parte das salinas da Troncalhada”.
Emídio Abrantes considera que nem mesmo o arranque da empreitada deve demover os políticos de travar a iniciativa.
"A CDU recusa a chantagem dos compromissos assumidos e dos custos associados à anulação do projeto. Muito pior seria continuar esta aberração comprometendo o futuro das próximas gerações".