O PCP faz balanço negativo da gestão autárquica PSD/CDS em Aveiro.
Poucos dias depois da maioria ter classificado a sua gestão como positiva, agora chega a intervenção dos partidos da oposição.
À cabeça, o PCP aborda a construção do parque subterrâneo do Rossio, voltando a questionar “o aumento do valor da obra em 2 milhões de euros revelado recentemente”.
“Reafirmamos que esta obra vai de encontro ao mercado especulativo e a interesses privados, sendo naturalmente contrária ao que são os interesses da população de Aveiro e os interesses do concelho, numa perspectiva ambiental, paisagística, social e financeira”.
As acessibilidades surgem como ponto “crítico” na análise dos comunistas.
“À semelhança do parque de estacionamento do Rossio, os projectos para a Avenida Lourenço Peixinho e a ciclovia da estação à universidade foram concebidos à margem das necessidades dos aveirenses e comércio local, sem que houvesse o cuidado em contabilizar as recomendações de diversas associações e movimentos cívicos locais”.
Para o PCP está traçado um perfil de atuação que merece reparo.
“Esta é a imagem de marca do executivo camarário a metade do mandato, o menosprezar da opinião pública, dos movimentos populares e das associações locais, tomando decisões unilaterais com o tradicional aumentos orçamentais de última hora".
A concessão dos transportes e da recolha do lixo e a gestão da habitação surgem integradas no balanço a par da venda de património revelando, segundo o PCP, a “natureza especulativa deste executivo".
A direção regional diz que Ribau Esteves leva a autarquia a "agir como um investidor privado, contribuindo decisivamente para um Aveiro de elites, uma cidade sem lugar para todos”.