A Direcção Regional de Aveiro do PCP admite que nem tudo está bem apesar de um quadro de recuperação de rendimentos ao longo da legislatura.
Três anos passados nesta nova fase da vida política nacional, o PCP considera que está confirmado que a política de reposição de rendimentos e direitos é “fator de crescimento económico e de emprego”.
Na análise feita ao Orçamento do Estado (OE) para 2019, a DORAV afirma que “consolida e confirma o conjunto de medidas adotadas nos últimos anos”, com “novos avanços e progressos na reposição e conquista de direitos”.
O aumento extraordinário das reformas e pensões, o alargamento do abono de família, das condições de acesso à reforma de trabalhadores com longas carreiras contributivas, o apoio extraordinário a desempregados de longa duração, o alargamento dos manuais escolares gratuitos nos 12 anos de escolaridade obrigatória, a extinção da colecta mínima no Pagamento Especial por Conta, ou ainda o apoio à agricultura familiar e à pesca artesanal são apontados como exemplos positivos.
Ainda assim, o PCP diz que o “caminho verdadeiramente alternativo continua adiado” porque, em domínios essenciais da governação, “permanecem as principais orientações da política que, anteriormente, conduziram o país ao declínio e a uma grave situação de dependência externa”.
No distrito de Aveiro fala da preocupação com o encerramento de 9 empresas do sector do calçado e têxtil, só durante o período do verão, envolvendo cerca de 300 trabalhadores, o encerramento de serviços essenciais, como os postos de correio ou agências bancárias, ou as dificuldades de acesso na prestação de cuidados de saúde primários.
Nas linhas de orientação para 2019, ano de eleições legislativas e europeias, o PCP assume como apostas o “reforço da intervenção junto das empresas e locais de trabalho; recrutamento e enquadramento de novos militantes; aumento da difusão do jornal Avante; incremento da capacidade de recolha financeira das organizações, com particular destaque para a recolha de quotas a mais militantes”.