O PAN está desiludido com a votação das propostas de recomendação que considera prementes para a concretização do Programa CED (Captura, Esterilização, Devolução), com vista à prevenção do aumento de colónias de gatos silvestres no Concelho.
A primeira proposta recomendava a implementação, de forma gradual, do programa CED, iniciando a sua execução nas colónias já identificadas e com cuidadores informais dedicados.
A segunda proposta visava o reforço imediato da emissão de cheques veterinários, para fazer face às necessidades e pedidos de esterilizações associados ao programa.
As propostas foram rejeitadas pela maioria CDS/PSD e contou com votos favoráveis do PS.
A maioria diz que já tem programa de apoio extraordinário às esterilizações de animais de companhia mas o PAN não reconhece nesse plano a implementação do Programa CED.
Alega que os destinatários do programa são “os detentores de animais de companhia (cães e gatos) que residam no Município (Indivíduos ou Associações) e o que estava a propor destinava-se especificamente a gatos de rua, fundamentalmente para contrariar o aumento descontrolado das colónias de gatos silvestres, que não têm detentores formais, nem estão sob a guarda de nenhuma associação.
“Acresce que só é possível requerer o apoio Municipal, depois das esterilizações serem realizadas, condição que coloca fortes constrangimentos aos cuidadores, pessoas que têm manifestas dificuldades em adiantar recursos financeiros próprios”.
Refere, ainda, que o programa apresentado pela CMA estabelece uma data limite o que, segundo o PAN, “contraria o princípio de estratégia de longo prazo associado ao programa”.
O deputado municipal Rui Alvarenga esclarece que não está contra o programa anunciado mas acredita que a prioridade é a constituição do programa CED, “da mesma forma que a prioridade seriam as esterilizações em massa para prevenir o aumento de matilhas de cães no Concelho, em vez da construção de parques caninos, e que se impunha a construção de um Centro de Recolha no Concelho, em vez do projeto megalómano Intermunicipal de dois milhões de euros que, até ao momento, não passou de uma mera ilusão”.