O Executivo Municipal de Aveiro deliberou adjudicar a requalificação da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, pelo valor de 3.9 milhões, à empresa Manuel Francisco de Almeida, S.A., com um prazo de execução de 16 meses.
O projeto de requalificação da Avenida, elaborado pela empresa FASE, Estudos e Projeto S.A., com uma gestão de acompanhamento feita pela Equipa Técnica da CMA, desenhou um perfil que confere uma grande unidade a toda a Avenida, das “Pontes” até à Estação da CP, com a valorização do espaço destinado ao peão, proporcionado passeios amplos, com larguras superiores a 5 metros em toda a sua extensão.
O espaço destinado aos veículos foi reduzido, passando as vias de circulação a deter as medidas mínimas (3,25m na faixa de rodagem para transportes públicos e ciclovia e 3m na faixa de rodagem normal) e limitação da velocidade para o máximo de 30km/h.
O projeto da nova Avenida prevê duas faixas de rodagem com duas vias em cada sentido e uma zona de estacionamento em paralelo à via, também em cada sentido, junto aos passeios.
O parque arbóreo é reforçado passando de 69 para 147 árvores e a valorização patrimonial é garantida no eixo entre os edifícios da Antiga Capitania e do antigo Banco de Portugal, com um piso homogéneo e à mesma cota, dando primazia ao peão, recolocando o Monumento ao Soldado Desconhecido, aproximando-o das pessoas e criando novas ofertas de zonas de estar, paragens de autocarros e praça de táxis.
O processo segue agora para assinatura de contrato e visto do Tribunal de Contas.
O PS discorda da abordagem da maioria por ver desaparecer a Avenida-memória (com áudio).
“Destacamos a título ilustrativo no primeiro centenário da sua construção a delapidação dessa memória, ignorando totalmente a ideia inicial de uma avenida Boulevard e a reforçar a deslocalização do monumento ao Soldado Desconhecido”.
Defende que se trata de um “erro político” depois de uma abordagem no primeiro mandato da coligação liderada por Élio Maia com trabalho desenvolvido pelo Professor Jorge Carvalho (UA) e entretanto abandonado.
E fala em “erro de gestão urbanística” por não se perceber o que se pretende com o futuro da avenida.
“No nosso ponto de vista trata-se da imposição de uma vontade que os Aveirenses não esquecerão”.
Ribau Esteves afirma que histórico é levar por diante a remodelação da avenida falada há quase três décadas (com áudio)