A Câmara de Aveiro refuta as acusações do Bloco de esquerda que dizia estarem os aveirenses com os maiores encargos do país na recolha de lixo e a autarquia a financiar-se com essas taxas uma vez que o valor seria superior ao custo da recolha.
O Município sai a público para rebater as acusações e diz que desde 2014 já foi possível baixar o valor em cerca de 50%.
além de reclamar a distinção da ERSAR, em 2020, quando a Entidade Reguladora do Serviço de Águas e Resíduos distinguiu Aveiro com o Prémio de Excelência do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos (ao consumidor), referente à avaliação do serviço no ano de 2019, a autarquia esclarece que em 2019 se deu uma redução em 15% no tarifário mas com aumento de receita porque o número de utilizadores e de volume de consumo de água real foi superior ao previsto, fruto das dinâmicas económicas aumentando substancialmente o valor recebido das Tarifas de Resíduos Urbanos.
Recorda ainda o impacto do aumento dos resíduos refletido nos resíduos seletivos.
“Em 2019 houve um aumento de 20% da quantidade de resíduos passiveis de reciclagem. Esta prestação de excelência fez com que as quantidades reais de resíduos urbanos indiferenciados fossem inferiores às estimadas. Como a CMA não tem encargos financeiros com os resíduos seletivos, quanto mais reciclarmos, menos resíduos urbanos indiferenciados iremos produzir e por consequência menos teremos que pagar”.
Quanto ao valor dos encargos anuais suportados por um agregado familiar pelo serviço de gestão de resíduos urbanos relativo ao consumo de 120 m3 de água na área de intervenção da entidade gestora em baixa, o Município diz que Aveiro ocupa a 81ª posição a nível nacional e acusa o BE de passar informação “falsa” quando fiz que a “CMA aplica a maior tarifa de resíduos do país”.Tudo somado, a autarquia diz que as contas são fáceis de fazer e mantêm uma tendência decrescente.
“No final do ano de 2020, a CMA decidiu reduzir novamente em 15% o valor das tarifas de resíduos, concretizando-se assim um acumulado de redução de quase 50% desde 2014, no âmbito da política de redução de custos para a CMA e para os Cidadãos”.
Antevê ainda condições para manter essa tendência com a construção do Ecocentro Municipal de Aveiro num investimento de 553 mil euros.
“Este serviço vai dar um relevante contributo para continuarmos a crescer na qualidade da gestão dos resíduos urbanos, sendo que o custo associado à sua gestão não estará plasmado na tarifa de resíduos urbanos, apesar de ser um serviço 100% financiado pela autarquia”.