A adjudicação de mais de 25 milhões de euros em empreitadas está a gerar debate político em Aveiro.
As deliberações desta semana em vários domínios acabaram por provocar reação dos candidatos autárquicos.
Alberto Souto Miranda fala em “legitimidade formal” mas também “má-fé política”.
“Há uma fumarada de terra queimada. Quem vier a seguir que se amanhe”.
O candidato do PS fala em erros grosseiros no Museu de Aveiro (5,258M) em obras que seriam o Estado a pagar se a autarquia não tivesse assumido a municipalização do equipamento.
Não vê utilidade na adaptação da antiga biblioteca para acolher peças da Bienal de Cerâmica num investimento de 4,7 milhões e critica as obras de expansão do Conservatório à custa da demolição da casa “Cerciav” (6,8 milhões).
Souto vê abuso no ritmo de gestão em final de mandato.
“Em suma, temos um Presidente que, a três semanas de se ir embora, anda a aprovar planos e projectos que nunca deveriam ter saído da gaveta onde se fecham as ideias infelizes. E temos um candidato da Aliança que, infelizmente diz que sim a tudo, porque sim, porque sempre só soube dizer que sim ao chefe. Ou pior, porque gosta”.
Ribau Esteves responde acusando o PS de faltar à verdade.
Repete a defesa da “plena legitimidade legal e institucional para tomar decisões até ao final do mandato” em nome do “compromisso” assumido com os Cidadãos.
Lembra que as obras adjudicadas estavam “previstas no Orçamento e nas Grandes Opções do Plano de 2025 e de anos anteriores” e passaram por inúmeras etapas (concursos públicos de projetos, execução e pagamento de projetos, concursos públicos de obras) e negociação de Fundos Comunitários para o seu financiamento.
“Não são decisões de última hora, são projetos estruturantes, preparados ao longo dos últimos anos, com a devida garantia de financiamento, para responder a necessidades concretas na Cultura, na Educação, na Rede Viária, no Património e no Desporto”.
Ribau diz que está em curso uma “tentativa de apagar a má história que o PS deixou na Câmara de Aveiro”.
“O atual Presidente da Câmara de Aveiro e a maioria que lidera o Executivo Municipal cumpre compromissos, paga o que deve, não deixa faturas escondidas na gaveta e garante que quem vier a seguir encontrará uma Câmara sólida e capaz de dar novas oportunidades aos Aveirenses”.