Aumentos salariais, combate à precariedade, reposição de direitos, 35 horas de trabalho semanal para todos e o reforço de serviços públicos foram os temas mais abordados na celebração do 1º de Maio em Aveiro.
Depois do desfile da estação até ao Rossio, João Ribeiro, dirigente da Interjovem, afirmou que é possível pôr fim ao trabalho precário e que a “juventude trabalhadora está empenhada e disponível para prosseguir e intensificar a luta pela efetiva rotura com as políticas de direita e por melhores condições de vida e de trabalho”.
Adelino Nunes, Coordenador da União dos Sindicatos, afirmou que os avanços registados no novo quadro político do país “não são dádiva de ninguém, antes pelo contrário, são resultado da ação e da luta dos trabalhadores, da pressão desenvolvida nas empresas, nos serviços e locais de trabalho dos sectores público e privado”.
Defendeu que a luta “é determinante”, saudou a luta dos trabalhadores dos vários sectores de atividade que “tem permitido aumentar salários, consolidar direitos e defender a contratação coletiva, combater a precariedade, resistir e combater a desregulação dos horários e até reduzi-los” e exortou-os a “intensificarem a luta para exigir que o governo do PS revogue as normas gravosas da legislação laboral”.
Afirmou que é tempo de “romper com o passado, de Valorizar o Trabalho e os Trabalhadores de projetar e construir uma política de Esquerda e Soberana, que tenha como opção a defesa dos direitos dos trabalhadores e do povo, a salvaguarda do interesse nacional, a afirmação dos valores de Abril e da Constituição da República Portuguesa”.
No final foi aprovada uma Resolução que promete intensificar a luta reivindicativa nos locais de trabalho.
Os trabalhadores são desafiados a participar no Dia Nacional de Luta, de dia 3 de Junho, que terá lugar na cidade do Porto.
foto: Teresa Carmo